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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

CARMEM MIRANDA E O BRASIL





            Descobri o quanto que eu gosto do Brasil quando tive a oportunidade de morar fora e vi que era inconcebível morar em outro lugar. Dentre as coisas daqui a música, a letra, as cores, os ritmos e as alegrias são peculiares. Quando criança via meu pai e minhas tias cantando os sambas de Carmen Miranda, e suas músicas me remetem ao melhor da vida, a infância.



            Carmen Miranda nasceu no início do século XX, entre 1930, quando despontou para o sucesso com a música Taí, a 1939 se moldou como estrela e foi a maior: no rádio, cinema, palcos e casinos do Brasil. Digo sem nenhuma dúvida que até então, nenhuma outra mulher foi tão famosa, querida pelo público, disputada pela imprensa e desejada pelos homens, quando ela.


            Carmen mostrou que o Brasil era uma terra de pessoas alegres, sua alegria segundo Ruy Castro, seu biógrafo mais proeminente, contagiava à todos, o samba cantado por ela, moldou a nossa identidade e o carnaval de rua, que Carmen tanto gostava, com seus blocos e fantasias, a nossa festa por excelência. Sambas como : Tico Tico no Fubá; O que que a baiana tem; Mamãe eu quero;  camisa listada lembram o Brasil em qualquer lugar do mundo onde forem tocados.


            Quando foi para os Estados Unidos aos 30 anos já era uma fenômeno e já tinha identidade própria e originalidade, basta ver suas roupas de palco, com a indefectível baiana. Em Nova York o mercado mais disputado do mundo, levou pouquíssimo tempo para conquistar os americanos, da moda a companhia todos queriam vê-la e ouvi-la. Com o cinema, seu nome alcançou dimensão mundial.


            Seu personagem mais notável é a baiana e através dela o mundo descobriu o Brasil, se fez diva e estrela num espaço em que os latinos são discriminados, teve a perspicácia de cantar o povo e as coisas de sua terra, afora o que fez para o mercado comercial, veio ao mundo para trazer alegria e cantar o Brasil, como nos versos da canção de Ari Barroso: O Brasil do meu amor, terra de nosso senhor; Brasil pra mim, Brasil...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O AMOR E A IDADE





            Os especialistas no assunto afirmam que a mulher moderna prolongou em mais de vinte anos seu período de sedução. E tudo isso tem afirmações objetivas de natureza biológica e não subjetivas. Segundo as estatísticas, o aumento da longevidade humana foi consideravelmente aumentada: no século XVII, a maioria das pessoas morria por volta dos 35 anos, enquanto que atualmente a expectativa de vida no Brasil está em torno dos 70 anos. Hoje a mulher de 50 anos é tão atraente quanto à de 30.


            Acredito que um dos fatores de mudança desse cenário é o interesse pelo que a rodeia. Uma vida que se cultiva bons pensamentos, atrai bons pensamentos. O importante é viver de modo útil e feliz. Só se deve deixar alguma coisa, na busca ou no começo de outra para substituir.



            Assim como as mulheres mudam, os homens também seguem esses passos, eles evoluem com a idade, nos desejos e nas exigências. Hoje o mais importante para o casal é o amor que se alimenta de compreensão, tolerância e presença. E assim, não podemos esquecer a frase de Saint-Exupéry: Amar não é um olhar para o outro, mas os dois olharem na mesma direção. 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O LUXO AGORA É PARA TODOS



            Ontem fui almoçar no restaurante chinês da minha Cidade, dizem que se mede o tamanho da cidade quando os chineses chegam para montar seus empreendimentos. Por ser domingo tinha várias famílias que pareciam ter vindo de bairros nas proximidades do Centro da Cidade local, onde fica o restaurante. Percebi um fato curioso muitas mulheres usavam bolsas com monogramas da marca Louis Vuitton. Finalmente o poder e ascensão social vendido pelo mercado de luxo é uma necessidade de todos.



            A marca Louis Vuitton surgiu na França no fim do século XIX, uma época de prosperidades, hotéis e lojas de luxo atendiam às necessidades ampliadas dos moradores que tinham dinheiro. Eugéne a imperatriz, foi uma das primeiras clientes do maleiro, e lhe deu o status de fornecedor preferido de Sua Majestade Imperial. Quando a Imperatriz chegou à Inglaterra causou novidade e cobiça com a suas malas feitas sob medida para suas necessidades.



            As malas de viagem usadas até então, eram feitas de madeira e geralmente cobertas com pele de leitoa, e empilhadas de qualquer forma chegavam ao destino sujas e desgastadas. Um embrião da classe média surgiu e essa nova classe viajava cada vez menos de carro ou a cavalo. Embarcavam de trens barcos a vapor e transatlânticos, rumo a destinos como Estados Unidos, África e Ásia. As malas Louis Vuitton eram o protótipo da modernidade que combinava com esse momento.


            Um fato curioso é que o aumento do sucesso da marca foi proporcional ao número de imitações. O desejo de possuir produtos que eram feitos para a nobreza e classes abastadas se disseminou rapidamente. A marca chegou aos Estados Unidos e ao resto do mundo. E com as divulgações maciças da mídia, o uso pelas celebridades, a nova nobreza no inconsciente coletivo e o desejo de todos chegarem a esse estilo de vida, de luxo e riqueza, é cada um pode ter sua Louis Vuitton, não importa a procedência, mas o prazer inconsciente que a marca vende.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A VIDA DA ESTRELA




            Esse espaço que uso no mundo virtual para escrever me remete ao que de melhor tenho lido, visto, discutido e apreendido nesses últimos anos. Quando estava concluindo a faculdade de Serviço Social um amigo me apresentou um livro, pequeno, mas de uma profundidade imensurável, trata-se da Hora da Estrela de Clarice Lispector. O livro é centrado em forma de narração, feita por uma figura masculina, na verdade, o álter ego de Clarice. Publicado pouco antes da autora falecer é feita uma descrição objetiva da vida e contestado uma série de  elementos, o que leva em ultima instancia a contestação do sentido da literatura e da própria vida.


            Macabéa a nordestina, assim como Clarice que viveu a infância no Nordeste, é a protagonista, trata-se de uma medíocre imigrante de 19 que vive no Rio de Janeiro. Apaixona-se também por um nordestino Olímpico de Jesus e juntos vão dividir suas solidões e mediocridades. O livro é dinâmico e brutal o que faz ser lido apressadamente pela maioria das pessoas. Os personagens que desfilam em suas páginas, são feios, miseráveis, são seres totalmente dispensáveis na engrenagem da sociedade em que vivemos onde as pessoas são medidas pelas coisas que possuem.



             A personagem de Macabéa me causou uma profunda reflexão, pelo seu lamentável passado e seu futuro sem esperanças. Ela é descrita como alguém que vive sem ter consciência de si mesma. O clímax da obra é o encontro da protagonista com a cartomante que se compadece da sua insignificância e inventa para ela um futuro melhor do que qualquer outro que ela poderia ter.


            Vi em Macabéa um grito da autora para questionar, o que é realmente existir? Até que ponto somos imprescindíveis para a sociedade, para o mundo e para nós mesmos. Quando Macabéa se olha diante do espelho é a primeira vez que ela realmente se enxerga. Imagino quando passamos realmente a nos enxergar, a aceitar a nossa real condição na vida e no mundo. Acredito que a partir do momento em que tomamos consciência de quem realmente somos, conseguimos conviver melhor com a nossa solidão, e não exigir de nós mais do que aquilo que somos capazes de dá e de oferecer.
Fotografia de stock: Woman looking up

            Com Macabéa fui iniciada na obra de Clarice, do fim para o começo, e percebi que realmente a vida é um grande luxo e que viver é o maior privilégio que desfrutamos na nossa existência. Mas para enfrentar a dureza da vida é preciso sonhar e acreditar: ela acredita em anjo e, porque acreditava, eles existiam. 

Fotografia de stock: Woman with angel wings

terça-feira, 31 de julho de 2012

REFLEXÕES EM ALMODÓVAR



Como já disse em outros momentos aqui, Cinema é uma arte que me causa profundas reflexões e deve ser por isso que não consigo ver a maioria dos filmes dos circuitos comerciais e de propaganda, sinto uma inquietude que não consigo ficar nem na sala de cinema, sou daquele tipo que vê filme para discutir depois, analisar a fotografia, o estilo do diretor. Cinema não é somente passa tempo. 


Por fugir a estética tradicional, típica de Hollywood, é que sempre fui ligada a Almodóvar, e considero o filme Fale com Ela uma redenção aos excessos anteriores do Diretor. Passados 10 anos do seu lançamento comprei uma cópia em DVD e vi coisas que não tinha percebido anteriormente. O filme foge dos personagens drogados, selvagens e estranhos.


Almodóvar se dedicou a sutileza do mistério, da leitura da mente humana, do amor e de como o homem está dentro das prisões espirituais, físicas e como no filme reais. A trama está centrada em duas mulheres em coma: Alicia, uma bailarina, e Lydia, uma toureira. A cuidar da primeira está o patético Benigno que no início se mostra um zeloso namorado, mas depois se revela um obsessivo macabro que na verdade só conheceu Alycia ao vê-la em coma.


A história de amor vira quase terror, mas também é uma história de lealdade, como do amante de Lydia Marco, e de empatia como nos pede Almodóvar, pela loucura amorosa de Benigno. Uma coisa que eu não tinha conseguido perceber quando vi o filme há dez anos é a centralidade em que o corpo humano é colocado, como um espaço de beleza privilegiado.




Além de provocar reflexões, o filme me colocou em convivência com a cultura espanhola. Por isso é que valeu muito ter revisto Fale com Ela dez anos após o seu lançamento. 

terça-feira, 24 de julho de 2012

VAMOS CUIDAR DO AMOR




            Possuir um amor! Amar! Ser dono de um carinho é como ter constantemente o sol irradiando a alma é a imensa alegria de voar sobre a terra e a arte de andar até as nuvens. É o dom de tornar suave àquilo que é mais duro. É a capacidade de clarear os nossos deveres.


            Nossa existência converte em luz o que existir de mais opaco, e nos alivia do que está dentro e fora de nós mesmas. O amor concilia tudo, e usamos toda nossa energia, material e espiritual nesse grande e profundo bem.


            Quantas vidas são capazes de renascer por amor, quantas ilusões se criam. Cuidemos muito bem do amor que possuímos se ele nasce da menor coisa, também se esvai com facilidade, às vezes a falta de um carinho, outras basta uma simples corrente de ar...


sexta-feira, 20 de julho de 2012

PARA PODER FALAR




            Já fui de calar sobre o que eu sentia, sofria muito, e é por isso que hoje sou de falar, embora de forma ainda contida, mas falo e nem compactuo mais com aquele tipo de silêncio que é capaz de prejudicar.

            Para a sociedade, onde o ideal é a “boa convivência”, falar o que se sente pode ser visto como uma fraqueza. Ao passo que a absoluta sinceridade é capaz de vulnerabilizar quem assim se posiciona. Perde-se o mistério e a pessoa fica exposta e essa exposição não agrada a ninguém nem nos atrai.


            Se a verdade pode ser perturbadora para quem fala, é libertadora para quem escuta. Todas as dúvidas clareiam e a sensação que se tem é de que finalmente ele sabe. Acredito que a maioria das relações entre familiares, amantes ou amigos, se amparam em mentiras parciais e verdades pela metade. Parece que só conseguimos manter as pessoas ao nosso lado se elas não souberem tudo, ou ao menos se não souberem o essencial.



            Sem a verdade “nua e crua” através da manipulação, a relação passa a ficar doentia, inquieta frágil. Em vez de uma vida a dois passa-se a ter uma sobrevida a dois. Deixar o outro inseguro é uma forma de prendê-lo a nós.



            Economizamos o eu te perdoo eu te compreendo eu te aceito como és, e o nosso mais sincero eu te amo. Hoje vejo que mais do que mentiras o silêncio é uma arma mortal do relacionamento entre as pessoas. Feliz dia do amigo, para quem me ouviu e para quem eu me calei. 


quinta-feira, 19 de julho de 2012

REFLEXÕES SOBRE O CASAMENTO



            Existem muitas receitas para ter um casamento feliz, mas também existem receitas para bolos, tortas e pudins. Os ingredientes variam apenas brevemente, para que a uniformidade se transforme em rotina.  A receita para o sucesso de um casamento tem como pontos principais dois ingredientes: o desejo de acertar e a noção falsa de felicidade.


            Os  recém casados que desejam sinceramente acertar, fazendo concessões razoáveis e não procurando medir o que dão na mesma medida do que recebem, tem um ponto muito importante a seu favor e poderão dizer que a batalha está meio ganha.



            O segundo é um conceito mais arraigado: a falsa noção de felicidade. A maioria das pessoas está convencida que a felicidade entra em nosso coração por pura sorte, ou acaso, que não precisa de nenhum esforço de nossa parte e que se não casarmos com o homem ou a mulher do nosso destino não seremos felizes.  


            Tudo isso não passa de preconceito, ideias repetidas vezes sem conta, que acabam por receber guarida em nosso coração. A felicidade, para ser conseguida, precisa ser duramente perseguida, atraída por milhares de meios e modos. Nada de sentar-se à espera que ela nos chame. Nós é quem devemos chamar a felicidade com um vida ordeira, de objetivo equilibrado e razoável, com uma dose de sacrifício, e o coração cheio de otimismo. 

terça-feira, 17 de julho de 2012

É BONITA QUEM É FELIZ




Ontem encontrei uma amiga, muito bonita e alegre, que já passou dos sessenta anos e comecei a pensar que é preciso se sentir bem, para está bem.

 As pessoas que gostam do sofrimento de sentir-se infelizes e fazer os outros infelizes, jamais poderão orgulhar-se de sua beleza. O mau humor o sentimento de frustração, a amargura cavam sulcos nos olhos, na pele da mais jovem, enfeiam qualquer rosto. Essa é a razão para que a mulher que busca a beleza deve esforçar-se para ser feliz. Felicidade é estado de alma, é atmosfera interior, não depende de fatos nem de circunstancias externas.


É natural se o dinheiro falta, se a saúde falha, se o amor arma uma cilada, o desejo de rir será pouco. Deve-se combater o enraizamento de qualquer mau pensamento ou energia ruim.  O ideal é manter o bom humor, como quem cultiva um bom hábito e o esforço para ser alegre. Só com esse esforço é possível afastar os sentimentos mesquinhos que provocam o despeito, a inveja, o sentimento de fracasso que dão origem a infelicidade.


O ideal para mim é adotar uma filosofia otimista e se esforçar para ser feliz.  Assim será possível e o milagre poderá ser visto no rosto e nos olhos que adquirirão vivacidade, a pele se tornará mais radiante e a pessoa em si irá aparentar um ar mais jovem.



Com o estado de felicidade íntima, a juventude permanecerá daí vejo que é preciso ser feliz para ser bonita. 

domingo, 15 de julho de 2012

APRENDENDO A VIVER




            Sempre procurei entender como certas pessoas poupam de modo excessivo pensando num futuro longínquo. Acho que ser previdente e pensar um pouco no futuro é certo, mas o primordial é procurar melhorar o momento presente. Estamos vivos agora. Para que juntar tesouros que irão se decompor?




            Não devemos sacrificar inteiramente o dia de hoje pelo dia de amanhã. Se você se sente infeliz agora, resolva agora, porque é nesse momento específico que você existe.




            Se pararmos para fazer uma auto avaliação encontraremos milhares de agoras que deixamos de fazer. O lamentável é que os agoras perdidos não têm como ser recuperados. O pior é que há momentos na vida que o arrependimento é profundo e corresponde a uma grande dor, por aquilo que poderíamos ter sido. Acredito que o importante é fazer agora o que é melhor para cada um de nós.



            Penso naqueles que gastam muito tempo estudando a vida que nunca chegam a ter. É só quando esquecemos o que sabemos que começamos efetivamente, a saber.



            O medo é a principal causa dos nossos fracassos presentes. E pior que isso são as opiniões que temos de nós mesmos. A opinião dos outros significa muito pouco, perto daquela que fazemos de nós mesmos. Acho que as pessoas que mais sofrem são aquelas cheias de segurança aparente, porque se julgam muito mal.

            O medo cria uma covardia desnecessária. O melhor antídoto para isso é abandonar o grave julgamento que fazemos de nós mesmos. Vamos correr riscos, eles trazem movimento e nos encorajam para a vida. O caminho é começar a abandonar o nosso egoísmo exacerbado e fazer o melhor para nós pela simples alegria que é viver. 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

BELLE ÉPOQUE À BRASILEIRA.





         A Belle Époque é conhecida como um momento de trajetória na história francesa, no Brasil surgiu com a República e foi sendo rompido após o movimento modernista dos anos 1920 e 1930. Foi um momento de florescimento do belo de avanço e de paz, nesse período, o Brasil avançou nas relações com a França. É o momento que surgem novas descobertas e tecnologias e o cenário cultural fervilha. Paris é o centro da cultura mundial com seus cafés concertos, balés, operas, livrarias, teatros e alta costura. No Brasil uma publicação de circulou de 1907 a 1945 expressava esse momento, notadamente à sociedade carioca. Tinha o nome de FON FON, como alusão as buzinas dos automóveis considerados meios de transporte muito modernos para a época.


A revista se apresentava como “semanário alegre, politico, critico e esfusiante, noticiario avariado, telegraphia sem arame, chronica epidemica”. A publicação apresentava em primeira mão as últimas novidades de Paris, enfocava sobretudo a moda, os estilos e a mudança de vida da burguesia carioca. Por suas páginas desfilavam os tipos da cidade, damas, políticos, filhas de políticos e rapazes da “alta sociedade”, assim como todo tipo de esnobismo. Tinha preocupação também em elucidar fatos políticos da época e nas primeiras páginas trazia “vultos” do cenário político internacional como, por exemplo, representantes da decadente nobreza europeia.


O Rio de Janeiro era o cartão postal da República, e a sociedade adotou o estilo de vida da Belle Époque, o importante era se comportar como um aristocrata europeu. No periódico as propagandas foram o que mais me chamaram à atenção e mostram que o carioca deveria vestir-se como aristocratas e dândis e consumir mercadorias de luxo. Na edição de fevereiro de 1910 a joalheria Esmeralda, anuncia a venda de joias brilhantes e relógios a preços pela metade. Na edição de 03 de fevereiro de 1920 anuncia que um Chevrolet pode ser um amigo excelente pronto a prestar os seu uteis serviços, com conforto, satisfação e economia.



A jovem mulher da Belle Époque deveria ser bem educada e seguir as idiossincrasias de falar corretamente a língua francesa, possuir gosto para a limpeza e o autocuidado além de saber falar tão bem que num grupo todos deveriam parar para ouvi-la. Andar na moda era usar os grandes chapéus cloche e os homens importar suas camisas direto de Paris. A euforia dos novos tempos também chegou à mesa pratos como Virado de Feijão com Ovos e Linguiça viraram Méro sauce d’Artagnan ou Riz au Four à la Kyrial, era uma forma de tornar elegante a apresentação do prato.



Hoje ao ler os exemplares do periódico percebo a necessidade que o novo regime político tinha de parecer moderno, era preciso banir tudo o que fosse alusivo ao antigo regime, e para isso não bastava às reformas urbanísticas do prefeito Pereira Passos, era preciso mudar o estilo de vida, haveria a necessidade da construção do consumo do supérfluo. Os prestígios da cultura da época, do povo francês fariam do Rio de janeiro, capital da República um lugar moderno. 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

OS ANOS 1920 E A EMANCIPAÇÃO FEMININA




A primeira Guerra Mundial foi responsável por manter as mulheres como importantes peças capazes de manter a economia girando. A Guerra permitiu que elas tomassem consciência de sua capacidade de substituí-los, foram: enfermeiras, professoras, costureiras e carteiras, assumindo um lugar na agricultura e na indústria principalmente a bélica.

            Na França em 1920 explode o número de divórcios, mais de 40 mil. Em 1922, é lançado o romance La Garçonne (A emancipada), um livro escandaloso para a época, onde a heroína se vinga da traição do namorado, corta os cabelos, passa a trabalhar e experimenta todos os prazeres proibidos indo das drogas ao homossexualismo. No mesmo dia o sufrágio feminino é negado.



             As atletas são as novas heroínas, ocupam espaços onde a coragem, a ousadia, a resistência física e o gosto pela aventura são considerados qualidades inerentemente viris. A moda passa a ser mais fluída livre dos espartilhos. Coco Chanel, Elsa Shiaparelli, Madeleine Vionnet conquistam a alta-costura e, paradoxalmente são elas que quebram os códigos e se aproximam das formas de moda masculina. A mulher podia vestir um smoking, uma gravata borboleta e exibir uma silhueta, sem seios, nem nádegas, nem quadris.


            As mulheres estudam mais, o movimento feminista avança, mas a crise econômica de 1929 as vésperas da Segunda Guerra Mundial, adia as conquistas democráticas femininas. A imagem da garçonne se enfraquece: os saltos ficam mais altos, as saias mais longas, assim como os cabelos. É a vez da mulher fatal.