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domingo, 30 de março de 2014

BOTTICELI: AS MAIS BELAS PINTURAS DO RENASCIMENTO


Sandro Botticeli viveu na Florença da segunda metade dos anos 1400, período de intensa produção artística e efervescência cultural conhecido como Renascimento Europeu. Sua obra mesmo depois de todo esse tempo é capaz de causar inquietações e estranhamentos próprios da grande arte. Ver seu quadros é entender que ele queria por em prática uma filosofia realista, uma construção do belo fora do tempo e da história. Essa ideia do belo influenciou nossos mais profundos cânones do que seja a beleza ou mesmo uma imagem agradável.


Sua produção visa a contemplação, pela contemplação, livre de quaisquer aspectos mundanos. Sua pintura é feita de ritmos lineares que criam um movimento interno no quadro, quase um contínuo retorno que impede a imagem de fixar-se numa forma concreta, consistente situada num espaço construído. Ele era um artística fascinado pelas ideias e indiferente ao sucesso, sua arte é elevada e está a altura de seus contemporâneos.


É o tipo de artista irresistível, que exprimia os valores táteis fora de quase todas as referências do corpo. Seu quadro A Primavera, mostra a mistura entre o amor platônico e a obra de transcendência dantesca. Trata-se de uma unidade profunda entre poesia, filosofia, teologia e psicologia; o quadro é uma das visões mais sublimente evocativas, associativas, alusivas e profundas do Renascimento, quiçá da arte da poesia e da imaginação.


No quadro O Nascimento de Vênus, ele consegue na figura maleável e alongada de Vênus, o ápice da procura de uma beleza ideal e de uma perfeição formal coerente com os ideias neoplatônicos. A jovem recupera o protótipo da Vênus pudica, com a mão direita ao seio e a esquerda cobrindo a virilha, com os longos cabelos loiros e reluzentes como ouro como muitas áreas da pintura, em um efeito semelhante aos dos preciosos afrescos sistinos.



Botticeli completa um passo fundamental, em direção a formação do artista moderno, dado que com sua arte ele professa com certa ênfase aquilo que corresponde as suas convicções, à sua consciência e a sua esperança, por essa razão merece ser visto e discutido.

segunda-feira, 10 de março de 2014

A MODA NA BELLE ÉPOQUE BRASILEIRA



A Belle époque é aquele período carregado de uma aura de progresso e bem estar que a humanidade vivia em fins do século XIX e início do século XX. Era o período do progresso nas artes, na literatura, na música e na arquitetura com as reformas urbanas de Paris. Era também nesse momento que passou-se a se conhecer a criação de grandes invenções como: eletricidade, telégrafo, telefone, estradas de ferro e automóveis. Esse período só viria a terminar com o início da Primeira Guerra Mundial, terminando um período de paz e prosperidade, colocando em cheque a capacidade da humanidade em ser detentora do seu próprio destino.


            No Brasil, considera-se que esse período tem início em 1889 com o fim do Império e a Proclamação da República, indo até 1922 com a Semana de Arte Moderna, entretanto, alguns pesquisadores consideram esse período, como indo até o golpe de 1930. É o período que coincide com o crescimento demográfico do país, com a vinda de imigrantes para o sudeste, que branqueariam a população, e a marginalização dos negros libertos nas periferias das cidades.



            As compras já faziam parte de uma cultura urbana, que legitimava a permanência das mulheres nos espaços públicos frequenta-los tinha um sentido maior do que adquirir bens fazia parte dos hábitos da elite. Nos passeios nas cidades era comum as mulheres usar tailleur um conjunto com saia e casaco com gola inspirado diretamente no vestuário masculino com cores escuras em tons de cinza.



           As revistas especializadas da época determinavam o que seria uma mulher de classe. Seria alguém que tinha de trocar de roupa sete a oito vezes durante o dia. Começando pelo robe de manhã, depois o traje da cavalgada, uma roupa elegante para o almoço, o passeio pela cidade, o de visitas, a roupa de jantar e, finalmente, o traje de gala para ir ao teatro e outras ocasiões mais sofisticadas. Essas trocas de roupas eram bastante semelhante as parisienses.



            O vestuário testemunhava o tempo e os meios culturais e financeiros que seu portador dispunha para dedicar à aparência. A aparência não era formadas apenas por itens comprados, mas através de cuidados corporais, era o chamado processo civilizador. As moças deixavam o culto a palidez para se lançarem em banhos de mar, caminhadas e exercícios físicos que lhes proporcionavam um tom mais saudável. Na busca por uma pele perfeita, os cosméticos passaram a ser usados e eram sobretudo, sinal de modernidade.



A necessidade de corpos mais ágeis, pois fim ao reinado de 70 anos do espartilho, deixando a nova silhueta definida por um vestido simples de linhas retas com cintura alta marcada logo abaixo do busto. Nesse período da belle époque acho particularmente interessante a chamada moda do luto. Recomendações de como se deveria vestir nos casos de morte na família, estando desde o tipo de tecido, desde o tipo de luva e calçado apropriado.




Para as classes abastadas que consumiam moda, encenar o fenômeno da modernização na própria aparência era a maneira imediata de compartilhar o modelo europeu de civilização. Com esse intuito, suportava-se o desconforto da moda parisiense que não condizia com o clima quente dos trópicos. Mas não se deixava de andar na moda. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

PLATÃO E A BELEZA



            É sempre bom rever e reler as ideias de Platão sobre o mundo, ontem dei aula de Ética e inevitavelmente entrei em campos próprios da filosofia. Na discussão falamos sobre a ideia do bom associado à beleza o que me remeteu a Platão, quando este acredita que o mundo que parecemos observar a nossa volta é uma ilusão. Suponha que observemos várias coisas belas: um pôr-do-sol, uma flor, uma pintura etc. elas diferem de muitas maneiras obvias. Ainda assim, supomos que têm algo em comum: são todas belas.


            Para Platão esse algo é uma entidade a ideia de beleza. Nenhuma coisa particular jamais é perfeitamente bela; poderia ser um pouco mais bela do que realmente é. A ideia de beleza, por outro lado, a própria beleza, é perfeitamente bela.


            As ideias são eternas; belos particulares vão e vêm. A bela flor desabrocha, mas depois murcha e morre. A própria beleza, em contraposição, nem passa a existir nem deixa de ser.


            As ideias para Platão são imutáveis. Nosso juízo sobre o que é belo muda com o tempo. As modas vão e vêm. Mas a ideia de beleza, a própria beleza não se altera. Assim, a beleza é uma entidade que existe além das coisas particularmente belas. 

terça-feira, 17 de julho de 2012

É BONITA QUEM É FELIZ




Ontem encontrei uma amiga, muito bonita e alegre, que já passou dos sessenta anos e comecei a pensar que é preciso se sentir bem, para está bem.

 As pessoas que gostam do sofrimento de sentir-se infelizes e fazer os outros infelizes, jamais poderão orgulhar-se de sua beleza. O mau humor o sentimento de frustração, a amargura cavam sulcos nos olhos, na pele da mais jovem, enfeiam qualquer rosto. Essa é a razão para que a mulher que busca a beleza deve esforçar-se para ser feliz. Felicidade é estado de alma, é atmosfera interior, não depende de fatos nem de circunstancias externas.


É natural se o dinheiro falta, se a saúde falha, se o amor arma uma cilada, o desejo de rir será pouco. Deve-se combater o enraizamento de qualquer mau pensamento ou energia ruim.  O ideal é manter o bom humor, como quem cultiva um bom hábito e o esforço para ser alegre. Só com esse esforço é possível afastar os sentimentos mesquinhos que provocam o despeito, a inveja, o sentimento de fracasso que dão origem a infelicidade.


O ideal para mim é adotar uma filosofia otimista e se esforçar para ser feliz.  Assim será possível e o milagre poderá ser visto no rosto e nos olhos que adquirirão vivacidade, a pele se tornará mais radiante e a pessoa em si irá aparentar um ar mais jovem.



Com o estado de felicidade íntima, a juventude permanecerá daí vejo que é preciso ser feliz para ser bonita. 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

DIVAGAÇÕES DE UMA SEGUNDA FEIRA




Depois de algumas indagações e reflexões sobre o cosmos, cheguei a várias conclusões banais e até mesmo óbvias (o bom do óbvio é que nos garante alguma verdade). O infinito não é uma abstração, mas algo que realmente existe. Acredito que nossas referências são tão limitadas que não somos capazes de compreender o mundo, senão a base de finitos. Pensando no cosmos cheguei a humilde conclusão de que Deus é o infinito. E daí percebi o quão pouco eu sabia e isso me causou esperança e grande alegria. O tão pouco que entendo da vida me dá a esperança de saber e aprender mais.


O que existe de beleza nesse infinito é que procurei e não encontrei um adjetivo qualquer que pudesse defini-lo. Ele é apenas isso, é. Em relação a ele falar em grande, simplesmente a partir do conceito que temos disso é pouco. O pouco que sei não dá para qualifica-lo, não encontrei nada capaz de exprimir o que poderia ser esse infinito.


E o que é o absoluto? Para mim é de uma beleza impossível de ser descrita. Nós buscamos essa beleza, e ela é o nosso elo com o infinito e por consequência com Deus. O infinito é um vir a ser é sempre o presente, indivisível pelo tempo. É uma pena eu entender pouco de física e de matemática e não ser capaz de demonstrar o vocabulário adequado para expressar o que sinto nesse momento.


O interessante é a criatividade do homem que dividiu o tempo em estações, anos e séculos. Diante da nossa incapacidade trazemos o infinito até a nossa consciência e o simplificamos em forma humana. Nós não conseguimos pensar no existo, sem usar como referencia nossa individualidade e visão de mundo, daí reside a nossa imensurável limitação.


E assim começa mais uma semana...