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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

QUAL O SENTIDO DA VIDA?





            Estive pensando esses dias se o sentido da vida é que a vida acaba e se ela acaba nada melhor do que curtir o sol, o céu e ausência das nuvens. Por um momento desejei dá valor as coisas simples da vida, como deitar na grama e contar estrelas, ler debaixo de uma árvore e passar horas num balanço e é por isso que definitivamente prefiro as pessoas que perguntam sobre o sentido da vida do que aquelas que trazem modelos, respostas de vida como se fosse receitas, ou como sua própria vida servisse de referência para a vida de outra pessoa.


            Quando pensamos no sentido da vida de forma direta ou indireta, o certo é que estamos todos juntos na mesma bola girando o universo. A graça se encontra nos mistérios que a vida trás se soubéssemos as respostas a vida seria tediosa. Entendo que a vida é sempre uma oportunidade, uma abertura, depende do que você faz dela. Qual o sentido, a canção, a cor, a dança, a poesia que você coloca nela.


            Esse dilema de procurar sentido para a vida atormenta a humanidade e traz em si uma questão: se a viagem importa mais do que o destino como faze-la valer a pena? É inevitável que as respostas estejam sempre ligadas a crenças religiosas e filosóficas. Na Antiguidade o objetivo da vida era a felicidade em diversas correntes de pensamento. Platão e Aristóteles entendiam a felicidade como um equilíbrio dinâmico entre razão, coragem e instinto. Na Idade Média a religião transferiu o sentido da existência do individual para o coletivo. No século dezenove com o existencialismo o homem passou a ser o responsável pelo seu destino.


            Entendo que autodesenvolvimento, o autoconhecimento é o que tem de mais precioso para dá sentido à vida. Dizem que no Oráculo de Delfos na Grécia Antiga exibia dois escritos: nada em excesso e conhece-te a ti mesmo. Dessa forma a grande sacada é saber equilibrar os anseios da alma com as cobranças da modernidade. Para mim o sentido da vida está no amor. Estou aqui para amar, o amor romântico, de família, de trabalho, de amigos. Creio piamente que se formos bem no amor, iremos bem em todo o resto. 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A ILUSÃO DA NOSSA GENEROSIDADE




            Hoje numa conversa com uma colega de trabalho de grande estima pensei no fato de dizermos que somos generosos e desprendidos, mas se nos analisarmos com objetividade, chegaremos a conclusão que o primeiro amor, a primeira generosidade, a grande preocupação é por nós mesmos. Na verdade cheguei a conclusão que somos o nosso grande amor.


            Quando estamos apaixonados não amamos porque nosso carinho dá felicidade a outra pessoa, mas sim porque isso nos traz felicidade. Se trata de defeitos nos julgamos sempre isentos.


            Raramente temos a coragem de perguntar “por que estamos fazendo isto”? “por mim ou pelos outros”? se analisássemos o mais fundo da nossa consciência sairia a resposta, a maioria da coisas fazemos por nós mesmos, se não me agradasse, se eu não me agradasse, se eu não pudesse tirar vantagem, nada seria feito.


            Os mais generosos ainda funcionam com base nesses estímulos. E os que o ignoram ou negam, é porque não possuem o valor e a coragem de reconhecê-lo.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

PARA PODER FALAR




            Já fui de calar sobre o que eu sentia, sofria muito, e é por isso que hoje sou de falar, embora de forma ainda contida, mas falo e nem compactuo mais com aquele tipo de silêncio que é capaz de prejudicar.

            Para a sociedade, onde o ideal é a “boa convivência”, falar o que se sente pode ser visto como uma fraqueza. Ao passo que a absoluta sinceridade é capaz de vulnerabilizar quem assim se posiciona. Perde-se o mistério e a pessoa fica exposta e essa exposição não agrada a ninguém nem nos atrai.


            Se a verdade pode ser perturbadora para quem fala, é libertadora para quem escuta. Todas as dúvidas clareiam e a sensação que se tem é de que finalmente ele sabe. Acredito que a maioria das relações entre familiares, amantes ou amigos, se amparam em mentiras parciais e verdades pela metade. Parece que só conseguimos manter as pessoas ao nosso lado se elas não souberem tudo, ou ao menos se não souberem o essencial.



            Sem a verdade “nua e crua” através da manipulação, a relação passa a ficar doentia, inquieta frágil. Em vez de uma vida a dois passa-se a ter uma sobrevida a dois. Deixar o outro inseguro é uma forma de prendê-lo a nós.



            Economizamos o eu te perdoo eu te compreendo eu te aceito como és, e o nosso mais sincero eu te amo. Hoje vejo que mais do que mentiras o silêncio é uma arma mortal do relacionamento entre as pessoas. Feliz dia do amigo, para quem me ouviu e para quem eu me calei. 


segunda-feira, 16 de julho de 2012

DIVAGAÇÕES DE UMA SEGUNDA FEIRA




Depois de algumas indagações e reflexões sobre o cosmos, cheguei a várias conclusões banais e até mesmo óbvias (o bom do óbvio é que nos garante alguma verdade). O infinito não é uma abstração, mas algo que realmente existe. Acredito que nossas referências são tão limitadas que não somos capazes de compreender o mundo, senão a base de finitos. Pensando no cosmos cheguei a humilde conclusão de que Deus é o infinito. E daí percebi o quão pouco eu sabia e isso me causou esperança e grande alegria. O tão pouco que entendo da vida me dá a esperança de saber e aprender mais.


O que existe de beleza nesse infinito é que procurei e não encontrei um adjetivo qualquer que pudesse defini-lo. Ele é apenas isso, é. Em relação a ele falar em grande, simplesmente a partir do conceito que temos disso é pouco. O pouco que sei não dá para qualifica-lo, não encontrei nada capaz de exprimir o que poderia ser esse infinito.


E o que é o absoluto? Para mim é de uma beleza impossível de ser descrita. Nós buscamos essa beleza, e ela é o nosso elo com o infinito e por consequência com Deus. O infinito é um vir a ser é sempre o presente, indivisível pelo tempo. É uma pena eu entender pouco de física e de matemática e não ser capaz de demonstrar o vocabulário adequado para expressar o que sinto nesse momento.


O interessante é a criatividade do homem que dividiu o tempo em estações, anos e séculos. Diante da nossa incapacidade trazemos o infinito até a nossa consciência e o simplificamos em forma humana. Nós não conseguimos pensar no existo, sem usar como referencia nossa individualidade e visão de mundo, daí reside a nossa imensurável limitação.


E assim começa mais uma semana...

quinta-feira, 28 de junho de 2012

QUANDO LI DANTE




Lembro-me bem quando li Dante Alighieri e a impressão que a beleza do seu poema causou em minha vida. Os tercetos e decassílabos em rimas alternadas e encadeadas trouxe musicalidade à minha leitura. Penso na influência que a obra exerceu na cultura ocidental nos últimos 700 anos e vejo sua imensurável importância. A jornada que Dante empreende, a meio caminho de sua vida, pelo Inferno, Purgatório e Paraíso, é um mapeamento da história e do pensamento universais. O poema dá a impressão de iniciar um processo que não pode mais parar, o processo em que cada homem se enfrenta e faz a inevitável viagem para dentro de si mesmo. A Divina Comédia não é simplesmente um poema é um mapeamento da história e do pensamento universais, por meio da fervorosa ideologia cristã que se julgava capaz de explicar todas as coisas. O seu estilo é tão original que tenho a impressão de que com sua linguagem foi capaz de redescobrir o mundo. 



quarta-feira, 27 de junho de 2012

PENSANDO A ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATÃO




            Hoje acordei lembrando Platão e sua Alegoria da Caverna e pensando na condição humana. Estamos presos num mundo de sombras, o mundo real está oculto para nós. Somos o produto dos interesses da sociedade da qual fazemos parte. Os nossos gostos e os nossos valores foram construídos para pensarmos como pensamos e acreditar naquilo que acreditamos. Confundimos sombra com realidade, mas não temos como saber que estamos sendo enganados.
            Em sua alegoria o sol que brilha fora da caverna representa a nossa ideia do bem. E essa visão só é vista com esforço. A ascensão do prisioneiro representa a jornada rumo ao verdadeiro conhecimento o conhecimento das ideias e, por fim da ideia do bem. O prisioneiro descobre a ideia ilusória que normalmente consideramos realidade e se luta para ajudar aos outros a encontrar a verdade. Mas o resultado é que os outros zombam dele e continuam atados à sua ilusão.

            É isso que o conhecimento do conhecimento faz com quem o apreende, mostra o real por traz do ilusório e do construído. É essa ideia do BEM, muito próxima da nossa filosofia cristã, que traz luz ao nosso mundo de sombras. 

terça-feira, 26 de junho de 2012

PENSANDO O SÉCULO XIX


O século XIX trouxe com ele o triunfo e a vitória dos humanistas, o rompimento definitivo com os ideais teocêntricos medievais que vinham abalados desde o Século XV, constituiu um retorno à cultura e à religiosidade pagã. É o século da oficialização da promulgação e da instituição do ateísmo. É o culto ao cientificismo e ao método científico.




A vida das pessoas foi fundamentalmente transformada. Era possível viajar em trens a vapor numa velocidade de 150 km/h, ou em navios movidos a vapor. As pessoas passaram a fazer viagens com finalidades turísticas e a praticar esportes. Com a Revolução Industrial a máquina diminuiu os esforços físicos dos homens. As casas burguesas já contavam com luxos como iluminação a gás, cortinas e tapetes. Hábitos higiênicos, como o uso do banheiro foi introduzido.



A vida ficou mais interessante com os gramofones, as máquinas de escrever, as porcelanas inglesas e as fotografias. A moda, o esnobismo e o individualismo passaram a ser cultivados. Os trabalhadores do mundo se uniram. A burguesia viveu incertezas, a mulher se emancipou e as artes foram transformadas.


Esses eventos mudaram o nosso mundo Ocidental e inauguraram a nossa Modernidade. E são os elementos que constituem essa chamada Modernidade que iremos discutir nesse espaço.