Esses
dias estive pensando na moderna obsessão da maioria das pessoas em se
fotografar freneticamente seja em espelhos de banheiros, academias, bares ou
qualquer lugar que possa faze-lo. O tal do “selfie” é a febre do momento todos
querem, todos fazem. Junte-se a isso, a mania que vem crescendo nos últimos
anos a de fotografar as comidas, seja nos restaurantes ou em casa. Parece que
comer ficou em segundo plano, deixe o prato esfriar, em primeiro lugar vem
fotografar. Mesmo que seja um simples mexido de segunda feira a noite tem que
ser imediatamente publicado em redes sociais como face book e instagram.
Mas
a moda “selfie” (publicar em redes sociais fotos que a pessoa tira do próprio
rosto), superou tudo até a mania que considero irritante de fotografar a comida.
Hoje cada um com seu celular cheio de recursos tecnológicos dirige o filme da
própria vida, onde cada um, logicamente é a estrela e protagonista. E tome pose
blasé, olhares fatais, cabelos arrumados e biquinhos (ah o infame biquinho)
sensuais, caras e bocas não faltam. O “selfie” não tem classe social, muito menos
limites.
Me
sinto num surto coletivo de egocentrismo e hedonismo. Parece que a maioria das
pessoas não faz questão de companhia, já que o principal parceiro e companheiro
é o telefone celular. No mais acho que estou velha já que me assusto com fotos publicadas
em funerais, banheiros, hospitais, mesas de família e em outros lugares que a
pouco tempo seriam inimagináveis.