Andy Warhol é considerado um dos
maiores artistas do século XX, sua obra sofreu influência de diversas fontes, incluindo
o cinema, o jornalismo e até mesmo os detritos urbanos. Mas foi nas massas que
ele encontrou mais inspiração. Fotos de artistas de cinema, de cantores de
rock, de celebridades, latas de sopa, notas de dólar tudo poderia ser
transformado em obra de arte.
Através da linguagem utilizada em
sua obra Warhol buscava comunicar suas ideias, seu fascínio pela comunicação de
massa, seu ceticismo, sua ironia, sua visão democrática. Sua obra cultuava o
objeto e se distanciava do mundo abstrato e se aproximava do caminho para a
vertente pop. Pop se tornou o nome de
um novo movimento quando o museu de Arte Moderna de Nova Iorque promoveu o
seminário Symposium on Pop Art, que
incluía entre os seus participantes nomes como Duchamp e Warhol.
O que notadamente me interessa na obra
de Warhol é que ela reflete a temporalidade da vida e dos objetos, mostrando o
universo cotidiano como um conjunto de coisas a ser transformado em arte. Antes
de sua obra ninguém poderia considerar uma lata de sopa como uma obra de arte,
mas esse conceito foi transformado fazendo com que a arte e a vida se
transformassem numa coisa só. Andy Warhol não era afeto a rótulos e repudiava a
noção de invenção artística. Sua atitude é de alguém que negava a originalidade
e a singularidade da arte, criando pinturas e esculturas virtualmente idênticas,
chamava seu estúdio de fábrica.
Morte,
vida, fama, publicidade, cinema, lixo, cultura urbana, cultura de massa,
objetos do cotidiano. Todos esses elementos se unem para formar a linguagem artística
de Andy Warhol. Através dessa linguagem, ele parece querer comunicar suas
ideias. Warhol valoriza o simulacro em detrimento da obra de arte. Suas obras
permanecem até hoje como um manifesto irônico a favor da democratização da
arte, da fama e da ressignificação da morte.
Parabéns pelo blog, nossa sociedade necessita de uma melhor oferta de cultura a fora da mídia manipuladora sensacionalista baseada em consumismo sem qualidade, onde o conteúdo deu cedeu lugar para a simples banalidade.
ResponderExcluirValdetrudes Júnior
Obrigada Júnior conto sempre com as suas observações! Grande abraço!!
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