Estive pensando e vi que vivemos
tempos politicamente corretos, se você se comportar de acordo com os seus
valores e convicções sem ligar para regras e modismos da sociedade, você pode
ser rotulado como uma pessoa politicamente incorreta, essa balança de atributos
morais que muda de tempos em tempos entre as sociedades e culturas patrulha
todos os tipos de comunicação, nem o literário Monteiro Lobato escapou de ser
chamado de racista com a obra, Caçadas de
Pedrinho publicada no século XX. Na música talvez a clássica Cabeleira do Zezé seria hoje considerada
um hino homofóbico.
O politicamente correto tem origem
nos Estados Unidos num momento em que as pessoas tinham que ampliar a Educação
doméstica. É a convivência com grupos que não se conviviam antes e tinham que
aprender a evitar piadas de mau gosto como determinadas coisas que os homens só
falam entre si quando não têm mulher por perto. Acho que até certo ponto faz
sentido, a minha crítica é que ele se transformou tanto na mídia, como na
imprensa ou no mundo acadêmico como um jogo de poder de certos grupos para na
verdade, atrapalhar as outras pessoas e lançar a pecha de reacionário, o que
acaba barateando o debate. Hoje todo mundo se ofende com tudo e o
empobrecimento me parece, é sempre indicativo de censura.
O politicamente correto se alimenta
do medo de ser processado, hoje todas as palavras devem ser medidas e pensadas,
antes de ser dito. O excesso também é prejudicial como as pessoas que se
comportam de forma politicamente incorreta todo o tempo, porque rotulam os
grupos e as pessoas como se isso fosse possível. Uma coisa tenho por certo, esse
debate têm que ser feito de forma cuidadosa, para não ser usado por
oportunismos ou mesmo ideologias de direita ou esquerda, mas com cuidado e
ponderação.