Vi Paris
Manhattan (França-2013) de forma totalmente despretensiosa e reafirmo minha
impressão de que a França se impõe com sua política cultural de ideias indo
além de um pretenso valor comercial. A diferença com os EUA é que arte não é
comércio no cinema francês, mesmo que seja muito difícil de se seguir essa
matriz de produção. Paris Manhattan é
um filme incompreendido por parte da crítica que não legitima seu verdadeiro
valor.
O
filme é uma obra cativante porque homenageia o cinema francês, Wood Allen, o
grande cineasta estadunidense e exalta o papel do romance na vida das pessoas.
Alice (Alice Taglioni) é uma farmacêutica que não tem sorte no amor e para
curar suas carências é viciada nos filmes de Wood Allen, na verdade ela se sente
como se recebesse conselhos do cineasta e esses conselhos são baseados em
diálogos de filmes seus. Adorei a ideia de colocar a personagem como uma
farmacêutica-filósofa que receita filmes de Allen para curar solidão, traumas e
outros problemas de alguns clientes.
É
um filme simples mais valoroso, que trata da solidão do amor. Os pais de Alice
sofrem juntos e silenciosos a doença da mãe. A irmã mais nova vive um estranho
casamento. O romance de Alice e Vítor (Patrick Bruel) começa de forma
tumultuada e evolui de admiração para amizade e finalmente paixão que se
consolida com a presença inesperada do próprio Wood Allen. A cineasta estreante
Sophie Lellouche produziu um filme simples mais cativante e o segredo
pode ser a sinceridade com que trata seus personagens. Belo filme que transcede
a produção meramente mercadológica.
Ainda não vi o filme, mas fiqueli curioso, embora faça tempo que não ache Woody Allen talentoso como nos anos 80 e 70
ResponderExcluirbaixando já. você viu o novo, Magia ao luar? eu AMEI.
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