Gosto de tudo um pouco, por isso não
consigo me definir exatamente como sendo de uma área específica. Como já disse
em outros momentos nesse espaço tenho especial interesse pelas coisas do
passado, sendo assim, tenho uma predileção por história. Daí vem o meu
interesse pela obra de Hobsbawm. Seu estilo com forte caráter marxista me prendem
a leitura agradável do início ao fim.
Eric J. Hobsbawm nasceu em
Alexandria no Egito, em 1917. Estudou em Viena, Londres e Cambridge. Fez parte do
corpo docente do King’s College de Cambridge, entre 1940 e 1955, foi
catedrático de História da faculdade de Birbeck da Universidade de Londres de
1959. Morreu hoje em Londres aos 95 anos, deixando um legado intelectual de
grande relevo para explicar a nossa modernidade.
Comecei a ler sua obra por Era dos Extremos: o breve século XX, que
traz um aspecto politico da história mostrando que o século XX iniciou-se com a
Primeira Guerra Mundial em 1914 e terminou com o fim do regime Socialista da
antiga URSS em 1991. Depois voltei no tempo e comecei no estudo das eras com: A era das Revoluções (1789-1848); A era do
Capital (1848-1875); A Era dos Impérios (1875-1914). O interessante dessas
três Eras é a monumental força que possuem para analisar a história mundial.
É traçado com extraordinária clareza
o processo de transformação pelas quais passaram todas as camadas sociais da
Europa, indo da Revolução Francesa ao período das Revoluções passando pela
formação dos Impérios Coloniais que marcaram o século XIX e deram ensejo à
Primeira Guerra Mundial.
O que me fascina é a forma como ele
integra a cultura, a política e a vida social, com precisão teórica e
capacidade de síntese. Sua visão é abrangente, original, seu estilo é conciso e
elegante. Analisando as transformações sociais sob um ótica que transcende a
visão oficial daqueles que ganharam às batalhas da sociedade que ele analisa.
Por tudo isso, hoje mais do que
nunca reafirmo a imortalidade do seu legado. E do prazer que causa a leitura de
suas obras.