Paul Valery, o filósofo francês
confessou que as notícias o entediavam, dita no contexto entre a Primeira e a
Segunda Guerra Mundial, parecia que os acontecimentos causariam qualquer coisa,
menos tédio. Já é estranho que as coisas aconteçam ler sobre elas é mais
maçante ainda. Esses dias em que estou sem atividade profissional, tenho sido
bombardeada por uma avalanche de notícias, mas afinal de contas se a vida é o
que acontece quando não se está prestando atenção, o ideal seria que ninguém
nos chamasse atenção para que está acontecendo afinal se poderia viver melhor.
Já vivi uma época de minha vida que
radicalizei, não queria mais ouvir, ler ou ver notícias, me informaria o mínimo
possível sobre o mundo. Mais que uma benção a ignorância pode ser uma forma de
saúde, e a omissão um tipo de ecologia. No mundo em que vivemos, com a
velocidade das informações, já sabemos seja como for muito.
2014 promete ser um ano que já nasce
a expectativa de uma copa do mundo, prossegue a tediosa sombra da explicação
sobre as eleições e desfia sua sucessão maçante de eventos, vernissages,
violências, novas novelas e escândalos políticos. Penso que a informação se
encontra as voltas com uma aura de fetichismo desmensurado em informar ilimitadamente.
Fico pensando que em 2014, vai ser
difícil não acordar e ser noticiado pela preparação dos jogadores, treinos
secretos e expectativas de substituições. Vamos está atualizados minuto a
minuto com o resultado dos jogos. E as eleições? Ah essas vêm revestidas de um
sabor singular, por serem nacionais virão com elementos de tragédia ou farsa
onde recorrem a reações delicadas como: a vingança, o insulto, o despautério, a
desforra. Reações comuns a esses dois grandes acontecimentos.
A imprensa parece não está
interessada em frear a suas obsessão pelos detalhes, o único problema é que num
romance são saborosos, na vida pública cansativos. A quantidade de informações
é tanta que sufoca, é bom indo nos preparando porque 2014 é um ano que promete.
Nenhum comentário:
Postar um comentário