Quando eu estava cursando o mestrado
o que mais me fascinava era a construção do meu objeto de investigação às
ferramentas que me levavam aos caminhos de se fazer ciência. Na graduação tive
um professor de filosofia que me desencorajava, ele dizia com veemência que o
que eu fazia não era ciência, mas senso comum, ao invés de me amofinar, resolvi
entender o que seria ciência e começar a construir meus próprios caminhos.
Sendo das ciências sociais, padeço
de uma problemática, como irei objetivizar, quantificar, mensurar o mundo
social, sendo este, complexo, dinâmico, dialético tão grande que é impossível
de ser sintetizado em dados estatísticos. Além do que o social não pode ser
testado com a mesma visibilidade material de um experimento das ciências
naturais, como à farmacologia, só por exemplo.
Entendi que compreender a sociedade
é caminhar para o universo dos significados, atitudes, costumes e
comportamentos. Sempre dei um enfoque chamado de sistêmico, já que este revela
que nada numa sociedade acontece por acaso, já que ela é um sistema coerente de
relações sociais.
O interessante é que aprendi que a
construção de um objeto científico é antes de qualquer coisa a tentativa de
rompimento com o senso comum, procurando instaurar a conversão do pensamento, à
revolução do olhar e a ruptura com o pré-construído. Desse modo, seguimos na
tentativa de objetivação do mundo social, considerando porém que em qualquer
ação está intrínseca a nossa subjetividade.
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