Conheci Hitchcock no filme Ladrão de Casaca que já fiz post aqui no
blog falando sobre ele. Me intrigava aquela figura enigmática que aparecia nos
filmes de forma sutil, porém penetrante. Considero que ele não foi apenas um
grande autor de filmes, mas também um personagem fascinante, era preciso ser
muito especial, para não sendo ator, essas aparições que falo são relâmpagos,
não presidindo uma grande potência, nem sendo herói de guerra se tornar num dos
homens mais famosos do mundo.
No filme lançado pelo britânico
Sacha Gervasi, sobre sua vida, foca seu ponto alto no lançamento de Psicose, o filme de 1960, que eu
particularmente só vi esse ano, nesses tempos de ócio produtivo, na época do
lançamento do filme Hitchcock conhecia prestígio no seu meio de atuação a
crítica francesa o considerava além de um mero diretor de cinema, mas um homem
criador de um universo misterioso e fascinante, mas ele percebeu que o mundo
estava mudando e que naquela época a televisão já alcançava um grande público.
Em sua vida pessoal, colecionava
rejeições femininas Ingrid Bergman o deixara por Rosselini, Grace Kely pelo
príncipe de Mônaco, Audrey Hepburn não quis fazer seu filme, talvez por isso,
alguns chegaram a defender que o cruel assassino de Marion Crane fosse o
revanche de Hitchcock para as mulheres, será? Tenho minhas dúvidas afinal ele
tinha um profundo prazer no ato de manejar atrizes, de domina-las de
redesenha-las. Fazer Psicose foi uma
decisão sozinha, ele enfrentou resistência da Paramout, suas razões nem de longe foram de natureza afetiva ou
sexual, ele queria ir além do suspense e dá ao público a sensação de terror.
Psicose
apresentava traços de sadismos, mas o sadismo só alcança o ponto máximo em
os Pássaros de 1963. Em Psicose no decorrer do filme cada vez
menos terror é empregado e as emoções são direcionadas para a plateia que tem
suas emoções regidas com maestria por um bem articulado roteiro. Vejo e revejo
seus filmes inúmeras vezes sem me cansar e para mim tem sabor de novidades,
somente Hith com seu terror e seu humor era capaz de mostrar as belezas e as
feiuras, as grandezas e os horrores de que somos feitos.