Vendo fotos, lendo, experimentando
pratos vejo que os cozinheiros sempre foram artistas, já que a cozinha é uma
arte do tempo: tempo de preparo, duração dos cozimentos, cores e formas
desenvolvidas de maneira tridimensional. Ela utiliza materiais e os manipula
como suas irmãs ricas a arquitetura, a pintura e a escultura.
Todas as operações realizadas na
cozinha modificam significativamente a matéria, seja pelo tempo, pela textura, pela
cor ou pela luz. Numa criação culinária os cinco sentidos são exigidos através
do perfume, consistência, sabor, impressão visual e seus aspectos internos ou
externos.
O termo Nouvelle Cuisine foi criado em 1972 por jornalistas franceses
especializados em gastronomia, era representado por um grupo de Chefes de
talento formado pelos irmãos Troisgros, Paul Bocuse e Michel Gérard que, desde
o início dos anos 1960, tinham entrado em conflito com a tradição da Haute Cuisine Française. O momento mais
importante da produção não era mais a perfeita aplicação das regras, mas, a criatividade,
a capacidade de inventar novas sensações, como frutas com carnes e peixes e
sabores agridoces.
Em contradição a cozinha clássica, a nouvelle Cuisine se afirma através do
respeito a simplicidade dos sabores, a exaltação dos gostos e das cores originais
dos alimentos utilizados, se valorizando sobretudo, a identidade sensorial dos
alimentos. Esse novo jeito de cozinhar está relacionado a arte na medida em que
reserva uma atenção a apresentação da comida, pelo detalhe, refinamento que
apresentam os pratos como arte visual.
O estilo é minimalista, as porções
são pequenas e lembra o mundo das comidas japonesas. Os pratos são leves e
delicados, o objetivo maior é a máxima satisfação de prazer pelos estímulos dos
sentidos. Vale conhecer e principalmente experimentar: Bon a petit.