F. Scott Fitzgerald, tem sido assunto do
momento com O Grande Gatsby (2013)
estrelado por Leonardo DiCaprio no cinema de qualidade inquestionável
revisionado e colorido com a melhor tecnológia atual. Eu já tinha visto a
versão de 1974 estrelada por Robert Redford e Mia Farrow, mesmo não tido sido
bem aclamado pela crítica em sua época mostra-se resistente ao tempo com uma
boa reconstrução histórica. Considerei Leonardo DiCaprio um Gatsby caloroso e
simpatico como Redford não conseguiu ser. A versão recente é mais interessante
apesar do barulho excessivo da reconstrução das festas. Nos permite imagens
perfeitas e poemas visuais.
O
livro que dá origem ao filme (The Great Gatsby 1925) é de de alta qualidade literária que resolvi reler após ver
novamente essas duas versões cinematográficas. F.
Scott Fitzgerald é conhecido por sua
verve literária, seus fantásticos anos 1920, sua vida em Paris para escrever,
sua escrita aclamada. Mas vou logo dizendo caro leitor, se você quer se
apaixonar o livro é vivo e nos últimos dias me salvou do marasmo literário. Gatsby é daquelas leituras que tem
fôlego, além da capacidade de se ler somente uma vez, você pode ler várias e
continuar se apaixonando.
O
autor conta a história através do personagem Nick, o narrador que fala os
acontecimentos muitos anos depois. É através dele que conhecemos os
personagens, Dayse sua prima, o marido dela, Jordan e por vim Gatsby. Nick é o
menos abastado de todos eles, os demais vivem do luxo e da opulência do
dinheiro. A descrição do ambiente é incrível com luzes, roupas, gestos falas.
São lições de como se ambientar uma casa, tanto do apartamento da amante de
Tom, marido de Dayse quanto da casa do casal ou do hotel das cenas finais.
O
suspense que o livro traz é bem mais sútil do que o filme que é mais direto,
quem é Joy Gatsby? Na verdade creio que Fitzgerald estava mais preocupado em
mostrar a luta dos personagens pelas suas aparências. Tenho algumas convicções
e não sinto pena de Gatsby como Nick, acho que ele amava mais o que Dayse
representava do que ela própria, ele queria que a riqueza o aceitasse e só
seria aquilo que planejou se tivesse ela a seu lado. Tanto que pagou o preço ao
não denuncia-la depois do acidente.
Livro
incrível F. Scott Fitzgerald faz jus a fama,
novelista de primeira linha. Wood Allen tem razão em sentir inveja de sua
escrita. É o romance definitivo dos anos prósperos e loucos que sucederam a
Primeira Guerra Mundial. Mesmo Gatsby
sendo arrogante e Dayse prepotente com vidas superficiais, através de suas personagens é possível discutir o
consumismo desenfreado e a vida vazia de toda uma sociedade. Reflexo dos nossos
tempos atuais. Outra coisa o livro é superior a qualquer versão cinematógrafica.
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