Reafirmo
o que disse em outros textos dentre as artes o cinema é o meu melhor remédio,
minha maior influência e minha melhor inspiração. Ontem após um dia nebuloso
resolvi ver o mundo se tornar colorido através das lentes do Mágico de Oz
(1939). Percebi o quanto que os personagens do filme serviram de estereótipos
para mim, para as culturas de massa, para a nossa contemporaneidade, em especial
a bipolaridade entre o que seria o bem e o mal. Me fez muito bem ver o pulsante
cenário em Tecnicolor, com suas flores de plástico seu horizonte pintado, suas
fumaças amarelas, sua cidade das esmeraldas reluzentes.
Aprecio
filmes em que a história apresente boa longevidade e quanto a isso Oz cumpre
bem o seu papel. Para mim é o equilíbrio entre infância, diversão e uma bela
mensagem da universalidade do amor, do apego a terra natal e a família. Vendo o
filme com meus olhos de adulta percebo que Judy Garland, empresta a Dorothy um
olhar amoroso e cativante, que nos faz acreditar que realmente ela conseguirá
voltar para casa. Minha cena preferida, talvez uma das melhores de todo o
cinema é quando ela, já com os indefectíveis sapatos vermelhos segue obstinada
o caminho de tijolos amarelos em busca de seus objetivos.
Não
me incomoda a inspiração teatral do filme, me admiro como uma técnica nova na
época como o Tecnicolor foi tão bem empregada. É tudo absurdamente bonito. A
bondade de Dorothy em ajudar os que encontram em seu caminho (Espantalho, Homem
de Lata e o Leão) é universal e a ideia que é preciso acreditar em si mesmo não
envelhece. Considero um dos melhores filmes já feito, provando que um filme
infantil não precisa ser necessariamente tolo para divertir. A bela mensagem e
as excelentes interpretações ainda terão denso significado por muito tempo,
tanto para a história do cinema, quanto para expectadores de todas as idades.
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