Ontem
fui almoçar no restaurante chinês da minha Cidade, dizem que se mede o tamanho
da cidade quando os chineses chegam para montar seus empreendimentos. Por ser
domingo tinha várias famílias que pareciam ter vindo de bairros nas
proximidades do Centro da Cidade local, onde fica o restaurante. Percebi um
fato curioso muitas mulheres usavam bolsas com monogramas da marca Louis
Vuitton. Finalmente o poder e ascensão social vendido pelo mercado de luxo é
uma necessidade de todos.
A
marca Louis Vuitton surgiu na França no fim do século XIX, uma época de
prosperidades, hotéis e lojas de luxo atendiam às necessidades ampliadas dos
moradores que tinham dinheiro. Eugéne a imperatriz, foi uma das primeiras clientes
do maleiro, e lhe deu o status de fornecedor preferido de Sua Majestade
Imperial. Quando a Imperatriz chegou à Inglaterra causou novidade e cobiça com
a suas malas feitas sob medida para suas necessidades.
As
malas de viagem usadas até então, eram feitas de madeira e geralmente cobertas
com pele de leitoa, e empilhadas de qualquer forma chegavam ao destino sujas e
desgastadas. Um embrião da classe média surgiu e essa nova classe viajava cada
vez menos de carro ou a cavalo. Embarcavam de trens barcos a vapor e transatlânticos,
rumo a destinos como Estados Unidos, África e Ásia. As malas Louis Vuitton eram
o protótipo da modernidade que combinava com esse momento.
Um
fato curioso é que o aumento do sucesso da marca foi proporcional ao número de
imitações. O desejo de possuir produtos que eram feitos para a nobreza e
classes abastadas se disseminou rapidamente. A marca chegou aos Estados Unidos
e ao resto do mundo. E com as divulgações maciças da mídia, o uso pelas
celebridades, a nova nobreza no inconsciente coletivo e o desejo de todos chegarem
a esse estilo de vida, de luxo e riqueza, é cada um pode ter sua Louis Vuitton,
não importa a procedência, mas o prazer inconsciente que a marca vende.
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