Novo e moda são termos que andam
sempre juntos, isso porque, a moda com a sua natureza volátil é sempre nova.
Analisando a história da moda vemos que as mesmas formas e cores reaparecem
inúmeras vezes. Enumerei alguns elementos pensando na moda, suas falas, estilos e
percepções, fazem parte de uma indústria que reflete o tempo em constante mutação
e é, influenciado por ele. Hoje o consumo de moda é um dos segmentos mais
promissores do comércio em geral, não havendo mais distinção de renda, idade,
característica física, cultural ou social. Todos querem, todos podem e todos de
uma forma ou de outra consomem moda.
Na
década de 1920, Chanel simplificou as formas, reduziu o uso de enfeites, usou
tecidos mais leves e linhas mais simples. Adotou as linhas quadradas do
vestido. Criou para o dia, conjunto
de cardigã com bolsos aplicados confortáveis e relaxados. Para a noite, Chanel
criou o vestido preto básico, segundo ela uma peca tão chique quanto a sua
simplicidade. O lançamento do perfume Chanel nº 5 em 1921, sintetizou sua
simplicidade de luxo e ativou a maquina de criar marcas.
Christian Dior.
Christian
Dior foi o grande costureiro dos anos 1950, seu New Look restabeleceu Paris como
capital da moda e salvou a importante indústria da alta costura. Suas coleções
recebiam nomes e tinham um toque de uma volta ao feminismo com o uso do
espartilho e a acentuação da cintura. Era a cura de um mundo cansado pelo
minimalismo imposto pela Guerra, o retorno a silhueta de saia longa e cheia. A
feminilidade estava em alta e com ela a disseminação de mais um ícone da moda.
Nos
anos 1950, o vestido preto renasceu, com o estilo clássico para coquetel, dando
ensejo a novas possibilidades de guarda roupa. A ideia era a mulher aparecer em
um simples tubinho preto, usando diamantes com um Martini nas mãos. O vestido
preto era o contraste dos tailleurs ou dos vestidos estampados usados durante o
dia. A simplicidade do pretinho era o pano de fundo ideal para acessórios da
época como o chapéu.
Ícone
dos anos 1950, conquistou a imaginação dos adolescentes, calças e jaquetas de
brim tornaram-se o uniforme dos jovens. Trata-se de um tecido resistente
surgido de Nimes, cidade francesa, que era urdido com uma trama azul, traje do
operário europeu. A maior referência são as peças fabricadas pela Levis, antes
de 1971 e a grande figura que imortalizou seu uso foi o jovem James Dean
representando os rebeldes sem causa no cinema e influenciando toda uma geração.
Nos anos 1990, quando o desfile das passarelas alcançou o
mesmo nível de combustão de um desfile de rock, a moda foi assimilada à cultura
popular. Um grupo de modelos que passou a representar a fantasia glamorosa
encarnada (as supermodelos) foi promovido por suas agências como personalidades
e remunerado com valores nunca imaginados. O fenômeno centrou-se em torno de
Linda Evangelista, Cindy Crawford, Claudia Schiffer e Noemi Campbell. Seu poder
de venda era tal que elas eram requisitadas para endossar produtos como
celebridades, apareciam em calendários como pinups e em filmes, livros, TV e
vídeos sobre boa forma.
Perto do fim do século XX, a fixação de marcas tornou-se um
exercício de extrema importância na moda, e auxiliado pelo estilo do hip hop, a
ostentação passou a ser aprovada. Há uma tendência crescente e colecionável a
logomania, com o uso de joias chamativas de ouro e diamantes. Passou-se a usar
o logotipo para reafirmar o status da marca.
Nada definiu mais uma temporada de moda na virada do século
XXI do que a bolsa do momento. Chamada de it bag por ser fotografada e vista no
braço de todas as celebridades, significa não só o status atingido pelo preço,
mas também que quem a usava estava por dentro da moda. A Birkin da Hermès foi criada em 1984, é feita a mão por artesãos
tradicionais, custa aproximadamente 10 mil reais. O desejo de possuir bolsas de
grifes é uma obsessão momentânea da maioria das mulheres, outras marcas são
famosas e copiadas para quem não possui o calibre financeiro de compra-las
como: Louis Vitton, Gucci, Prada, entre outras.