A história do homem é também a história
dos cabelos e a relação que estes formam para a personalidade e a identidade
corporal do indivíduo. A cabeleira tem sido sustentáculo de poder, de força e
de sedução. Na Grécia Antiga cortar e oferecer os cabelos era um sinal de
sacrifício aos deuses. Desde os indígenas até a Segunda Guerra Mundial a
cabeleira dos vencidos sempre foi
exibida como troféu. Na França de Luiz XV o uso de perucas era a expressão da
situação social e do poder.
Para
a mulher os cabelos são a grande expressão da feminilidade, beleza e
sedução. O corte de cabelo como punição as mulheres existe desde os tempos
bíblicos até a Idade Média, passando pelo século XX. Na França após a ocupação nazista
cerca de vinte mil mulheres francesas tiveram a cabeça raspada simplesmente por
terem dormido ou serem simpatizantes dos alemães.
As lendas em relação e a realidade em
relação aos cabelos femininos fazem parte do imaginário coletivo da humanidade,
para mim as mais expressivas são Lady Godiva, aristocrata anglo-saxônica que
teria andando nua, coberta com os cabelos como punição aos impostos cobrados
por seu marido. Uma outra imagem que para mim é recorrente é a da alemã Olga
Benário de cabeça raspada entregue aos nazistas pelo governo de Getúlio Vargas.
Não é exagero dizer que o cabelo e o uso deste é a expressão da mulher com o
seu mundo exterior, não é exagero ouvir a máxima antes de me apaixonar por ela gostei dos seus cabelos.