Não é a toa que entendo aquelas pessoas que buscam um
caminho, um direcionamento sistemático para a vida. Me identifico das vezes que
busquei arduamente meu caminho, o meu
direcionamento. Hoje busco com sofreguidão e aspereza o meu melhor modo de ser,
o meu atalho, já não ouso falar mais em caminho, nem em direcionamento.
Hoje para
mim basta uma forma, um modo de andar com linearidade por me dá por satisfeita.
Penso no atalho que a vida nos leva a seguir com sombras refrescantes e reflexo
de luz entre as árvores, o atalho onde eu seja mais do que nunca eu, e isso
ainda não encontrei. Mas sei de uma coisa, meu caminho não é somente eu, é
também formado pelos outros. E quando eu puder sentir plenamente o outro
estarei salva e pensarei: finalmente encontrei o meu ponto de chegada.