José
Oswald de Sousa Andrade ou simplesmente Oswald de Andrade nasceu em São Paulo
no dia 11 de janeiro de 1890. Na época do seu nascimento São Paulo tinha apenas
65 mil habitantes, ele era um visionário que adorava sua cidade. Em 1920 ele
dizia que São Paulo era o futuro e que não poderia parar. Ele vai pagar caro
por sua verve, inteligência e ousadia e começa a ser esquecido ainda vivo.
Oswald
de Andrade foi um dos promotores da Semana de Arte Moderna que ocorreu no
Teatro Municipal de São Paulo em 1922 com reunião de artistas e intelectuais em
apresentações, conferências, leitura de poemas, dança e música. Oswald falava
basicamente de São Paulo o que pode ser visto em suas obras como João Miramar, Serafim Ponte Preta ou Paulicéia
Desvairada, essas obras retratam o progresso, a atualização e a vida urbana
na Cidade é o início do ufanismo paulista.
Acho
interessante o personagem Oswald de Andrade, porque foi uma pessoa extremamente
revolucionária que teve uma vida sentimental bastante movimentada com grandes histórias tendo sido casado com a pintora Tarsila do Amaral e a ativista política Patricia Galvão. Ele era um homem rico
que vivia uma vida de glamour não somente no Brasil, mas também em Paris. Era
um grande provocador uma pessoa que não tinha medo de escandalizar.
Só a antropofagia nos une, somos todos
antropófagos. Considero
o Manifesto Antropófago a sua melhor produção nessa tendência mais ousada do
movimento modernista do final da década de 1920. Ao todo ele escreveu onze
livros, seis peças de teatro e sete manifestos. Teve quatro filhos com três
mulheres diferentes. O Movimento Modernista, esquecido durante os anos 1940 e
5o só foi revitalizado com a tropicália dos anos 1960 que resgatava a proposta
antropofágica de digerir a cultura estrangeira dominante e regurgitá-la após
ser mesclada com a cultura popular e a identidade nacional. Vivas a cultura nacional e a grandeza de Oswald de Andrade.