Quanto mais
Quente Melhor de 1959 é
uma comédia no estilo pastelão estrelada por Marilyn Monroe e Tony Curtis,
impregnada de cinismo. Curtis acha que só quer sexo, Marilyn que está apenas
interessada em dinheiro e eles, ficam espantados e encantados ao descobrir que
a única coisa que querem é um ao outro. O enredo é a típica comédia de
besteirol. Curtis e Lewis desempenham músicos de Chicago vestidos de mulher
para fugir da máfia. Eles se agregam a uma banda feminina e lá conhecem Marilyn
que está em busca de um milionário, Curtis se finge de milionário para
conquista-la.
O filme continua leve, divertido,
com Marylin como cantora interpretando muito bem como no solo em que canta “I
Wanna Be loved by you” em que ela transforma numa fascinante e ruidosa
ambientação sexual. O interessante é que ela parece alheia a sua conotação
sexual, pois canta inocentemente a sua música como se fosse a única verdade.
Um fato curioso são as lendas que
existem em torno do filme. Curtis dizia que beijar Marilyn era como beijar
Hitler. Marilyn tinha enormes dificuldades para decorar as falas, com
extravagâncias e neuroses. A história é sobre os músicos que se vestem de
mulher, mas é ela quem rouba a cena. Lemmon o companheiro de Curtis é quem
aparece numa das melhores cenas do filme. No dia seguinte a uma noite romântica
com um milionário, e brincando com castanholas, diz que vai casar com este para
ficar com a pensão, no melhor do segmento pastelão.
O final é uma pérola, quando o
milionário que vai casar com Lemmon descobre que ele é homem e Monroe que
Curtis não é um milionário eles não se aborrecem e o clima divertido do filme
permanece. Comédia que se mantém atual, vê-la hoje ainda é divertido, inteligente
e cativante, mesmo para o nosso olhar contemporâneo bem mais sagaz do que o
público da época em que o filme foi produzido.
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