Se
algo não dá emoção não significa nada para mim, uma das melhores emoções que
tenho são as gastronômicas, aquelas que agradam os sentidos como o paladar, o
aroma e a vista. Essas emoções são testadas em meu restaurante preferido, uma
cantina italiana, aqui na minha cidade que serve um Fettuccini al tartufi nero, a trufa negra é o ingrediente
protagonista. Gosto de seguir a tradição e antes desse prato principal peço a
entrada, que é sempre um Focaccia de
alecrim, e após um doce.
A
trufa negra é o diamante negro da gastronomia, é um fungo que brota
espontaneamente de novembro a março nos bosques da Úmbria, região que fica no
centro da Itália, mas ele dá também em outros países como França e Alemanha,
são encontrados também, no Óregon Estados Unidos e na Nova Zelândia. Lendo
sobre o assunto soube que o apreço e os aspectos culturais e simbólicos que a
trufa negra exerce na Itália é tão grande que a população encontra formas de
preserva-la.
Reitero
o pensamento da maioria, o seu sabor é inigualável, me arrisco a dizer, que tem
um gosto que remete a nozes, porém muito mais aromático, suave, refinado, com
um que de sensual. O prato de massa é mero coadjuvante, as trufas são o
elemento central, a alegria do prato e do momento gastronômico, não podem ser
misturadas com ingredientes de sabores fortes, como alho ou manjericão,
degustar um prato preparado com elas, vai além da experiência meramente
gastronômica, é algo sensorial. O segredo da gastronomia italiana não é algo
rebuscado, as receitas são simples, mas, os ingredientes são de qualidade.
Acredito
que o prazer dessa lembrança, em degustar um prato de azeite e massa com um
toque trufado, está em entender que as melhores coisas da mesa e da vida são
muito mais simples do que a gente imagina.
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