Acho que
leitura boa é aquela que você faz de um fôlego só, quando li Travessuras da Menina Má do Peruano Mario Vargas Llosa fiz em dois dias, a obra, é daqueles
tipos de livros que casam com o nosso humor e nossa vontade de sumir do mundo e
de tudo a nossa volta, foi essa impressão que tive da leitura. Ricardo
Somucurcio, é um peruano que tem como único sonho e ambição na vida morar em
Paris, o que dá uma aura de magnitude ainda maior a Cidade.
Ele é um
rapaz simples, e modesto que na infância se apaixona por uma garota chilena,
muito difícil de ser conquista Lily, são várias as tentativas de conquista,
todas em vão, mas esse encontro muda a vida completamente. Essa paixão persiste
por toda a vida de Ricardo e o melhor da estória é a contextualização histórica
dos vários encontros que ambos têm durante a vida.
Eles se
encontram em diversas fases e facetas, na Paris bela e revolucionária, na
Londres dos Skins Heads e do “paz e amor” dos hippies, na Tóquio das máfias e
dos prazeres extravagantes, e na Madri dos anos 1980. Nesses encontros e
partidas, conquistas e derrotas, sempre a mesma pergunta é feita pela malvada
Lily: ainda me ama Ricardito?
Ela
ambiciosa, gosta de luxo e riqueza, vida impossível de ser dada pelo trabalho
de modesto tradutor de Ricardito. Ela sempre quis conquistar o mundo, ele
apenas ela. Nesses encontros e desencontros que se cruzam ela se mostra diferente
e mesmo assim ele é capaz de ama-la. A montagem da obra é genial, e mostra como
que o amor pode ser uma droga, e me deixou uma pergunta que está longe de ser
respondida por mim, e acho que por qualquer pessoa: qual a verdadeira face do
amor?
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