Passamos
a vida escolhendo essencialmente tudo. Nesse instante milhares de pessoas estão
dizendo sim para a vida e para as decisões que viver acarreta, alguns estão
pensando em mudanças, em recomeços, em desistências, qualquer que seja a
decisão, uma coisa é certa esses apontamentos levam a marcha da nossa
existência.
No
ato de escolher está implicado o arrependimento, as escolhas devem ser feitas
com vistas a não nos arrependermos depois, para somente assim ser possível viver
a vida com plenitude. No ato de escolhermos necessitamos de um referencial que
nos indique para onde estamos indo na trajetória da vida, esse referencial pode
ter como base a fé, os acontecimentos sociais, ou a força inconsciente que move
as escolhas da vida de cada ser humano.
Penso
que toda escolha inclui necessariamente uma perda, perde-se de um lado mais
ganha-se de outro e é por isso que a vida é tão fascinante, e com base nesse
pressuposto não podemos lamentar a perda sem considerar o ganho que não pode
ser imediato, nem aparente mas que depois pode vim muito maior. As escolhas que
faremos durante a vida podem acarretar mas experiências que considero
necessárias se admitidas plenamente e saboreadas em seu gosto amargo que nos
ensina a viver.
O
importante para não nos arrependermos de nossas escolhas é que não podemos
julgar uma decisão do passado com vistas a nossa visão de mundo no presente. O
que foi decidido era com vistas naquela ocasião, se todos nos tivéssemos o
olhar que temos hoje das rotas do passado seria possível que não causássemos
tantos desvios, mas não podemos nos desviar do passado, o que foi feito
acarretará consequências para o resto de nossas vidas.
Entendo
que viver é fazer escolhas e algumas delas implica em se desprender de prazeres
imediatos, o que pode se abrir mão de controle, perfeição, sociabilidade, é
preciso saber sobreviver aos amores e as perdas, pesar os prós, os contras de
todas as coisas aceita-las e não se arrepender das escolhas feitas, afinal faz parte
das manifestações da vida.
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