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quinta-feira, 20 de março de 2014

ELIS, PARA SEMPRE ELIS


Se viva fosse essa seria a semana de aniversário de Elis Regina conhecida cantora da Música Popular Brasileira. Embora hoje não escute tanto Elis, quando criança convivia com sua música que era ouvida em minha casa pelos parentes mais velhos. Quando estava na faculdade li Noites Tropicais do produtor musical Nelson Motta e conheci um pouco mais sobre sua trajetória e sua vida. É inegável sua voz dramática e o uso de diversos recursos vocais para acentuar essa característica.



            Sua interpretação é tão marcante que chega a interferir nas músicas e como se seu gosto, estilo e imagem pública pudessem evidenciar os elementos inscritos em uma canção. Sua voz é sempre cúmplice suas primeiras interpretações me lembram as antigas cantoras de rádio. Ela cantava sorrindo e as vezes era irônica, podia cantar também malandramente, improvisava e as vezes no meio de uma música soltava uma gargalhada. Acho que Elis é muito maior do que qualquer rótulo e sempre preferiu a complexidade da fluidez seja em sua identidade artística, quanto na forma como pensou o Brasil, a cultura brasileira, o cotidiano, a indústria cultural ou mesmo a política. Embora suas apresentações tenham um que de um espírito revisionista.



            Sua figura é de alguém que sempre primou pelo aperfeiçoamento, a versatilidade, o domínio técnico combinado com a espontaneidade e a embriaguez equilibrista sendo uma referência para outras cantoras suas contemporâneas ou de gerações posteriores. Elis parece ter criado uma gramática do canto, onde várias intérpretes, não só brasileiras fariam seus estudos. Nesse processo, atravessaria fronteiras temporais, como alguém que deve ser lembrado a partir da excelência alcançada e largamente aclamada pela crítica.



Como essa lembrança vem de uma necessidade do presente, não podemos considerá-la apenas como um rastro do passado, mas sim como algo que, a partir das práticas deste presente, atualiza-se, ganhando novo sopro de vida com as diversas reedições de sua obra chegando até a minha geração  e provando a longevidade de seus discos. O que fazem dela uma Elis, para sempre Elis.


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A MÚSICA ELETRIZANTE DE JIMI HENDRIX


            Hendrix foi um guitarrista negro canhoto, que criou ao longo da carreira um completo vocabulário de estouros sonoros. James Marshal Hendrix nasceu em 1942 nos Estados Unidos e ganhou sua primeira guitarra aos 12 anos. Em suas primeiras gravações esteve ao lado do bluesmen do sul e das bandas negras do Sul como em B. B. King e Little Richards.



            Sobre essas raízes Hendrix desenvolveu um estilo de alta sonoridade, hipnótico e floreado que atingiu um público fundamentalmente branco. Depois de ouvi-lo numa boate de Nova York, ele foi levado a Inglaterra onde formou o trio Jimi Hendrix. Adoro seus vídeos são eletrizantes Hendrix tocava a guitarra até com os dentes e atrás da cabeça deixando perplexos seus colegas guitarristas e o seu público como um todo.



            Gosto do seu jeito fluido de tocar, com muita improvisação e uma sonoridade singular que buscava muitas vezes o feedback do próprio amplificador, transformando completamente a paisagem sonora do rock. Morreu prematuramente em 1970 numa mistura fatal de drogas e álcool. Deixou uma concepção absolutamente original do blues elétrico e uma imagem que marcou a década de 60 e toda uma geração e ume estilo.

           Morreu prematuramente em 1970 numa mistura fatal de drogas e álcool. Deixou uma concepção absolutamente original do blues elétrico e uma imagem que marcou a década de 60,  toda uma geração e um estilo.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Sgt. Pepper’s : O MELHOR DOS BEATLES



            Já tinha pensado em como escrever sobre os Beatles aqui no blog, ouvindo incontáveis vezes o disco Sgt. Pepper’s pensei por que não falar dele, afinal é o melhor da mítica banda. Mesmo sabendo que se trata de um clichê cultural, esse disco é uma referência, um paradigma e vejo que artistas da nova geração tentam recriar na internet no ambiente das músicas virtuais, a noção de álbum, mesmo que hoje os jovens escutem músicas individuais e não o disco inteiro.


            Sucesso de crítica e público imediato na ocasião do seu lançamento 47 anos atrás, Sgt. Pepper’s marca a maioridade dos Beatles e foi concebido em uma época em que Jonh, Paul, Georg e Ringo estavam cansados da beatlemania e resolveram deixar as turnês. A partir daquele momento seriam um banda de estúdio como os maiores do seu tempo e poderiam assim, usar todos os recursos disponíveis.


            Sgt. Pepper’s é quase um disco inteiramente conceitual, ultrapassando a linha do pop rock ao se aproximar do mundo erudito em A Day in the life, e quando Georg se aproxima do mundo oriental com uma cítara. Foi justamente com esse disco que o produto virou pop, uma nova forma de pensar a música dentro de uma escala de grandeza, nunca antes vista.


            Ícone cultural a música dos Beatles ainda seria um marco da estética hippie, seu mais fiel representante, numa das associações mais fortes entre música e comportamento, entre banda e sentimento de uma geração. Era o ápice do psicodelismo, mensagens cifradas as drogas podem ser encontradas ou não em canções como Lucy and Sky with Diamonds, mostrando que uma banda de rock servia para algo mais do que fazer as pessoas dançarem.


            O clássico dos Beatles sobreviveu porque extrapolou meramente a música, com o álbum eles saíram da estética pop e atingiram o patamar de grande arte. No Brasil influenciaram a tropicália de Gilberto Gil e Caetano Veloso além do rock dos mutantes. Comprei o disco no I tunes a loja de música virtual da Apple e ao contar pela classificação do volume de vendas, o caminho para a ousadia pop foi aberta por ele e é por isso que ele continua atual, com vinil ou de forma virtual. 

sábado, 9 de novembro de 2013

A OUSADIA DE DAVID BOWIE



Existem alguns artistas que tem a capacidade de nos remeter a elementos recônditos do nosso psique como a curiosidade, a atenção, e a sensação de se está diante de um bom trabalho. David Bowie (1947), faz para mim parte desse time, quando vejo os seus clipes e escuto sua música me questiono, como ele consegue ser atual em tempos de bisbilhotice exacerbada da internet?


Ele começou sua carreira nos anos 1960, cantando rock e é considerado um dos mais importantes artistas da música pop de todos os tempos. Nos anos 1970 quando começou a ficar famoso, começou a encarnar o clichê do camaleão, e, é possível vê-lo com trajes de inspiração eduardiana, languidamente estendido num divã. Ele é o tipo de artista de quem sempre é possível esperar uma novidade, nos anos 1980 antecipou-se a moda e lançou música dance, assim como, nos anos 1990 lançou música eletrônica, e agora lança a pré venda do seu disco através do I tunes.


Mas Bowie não é somente interessante pela sua vanguarda ou irreverência, sua música é boa. Ele faz boas letras e boas canções. Meu disco preferido dele é Pin Ups de 1973, que aparece na capa com a modelo Twiggy, é o disco mais rock dele, e o que mais rápido vendeu na Inglaterra, é uma seleção de covers de suas canções preferidas da década de 1960. Sua vida é marcada pela invenção contínua e pela forte apresentação visual, é considerado como grande influenciador de artistas, da libertação gay e da nova juventude independente.


Quem o conhece vale a pena ouvir sempre, que não o conhece, convido a conhece-lo, pois é um artista capaz de transformar suas aspirações e seus problemas pessoais em cultura popular, como podemos ouvir nos versos de Space Oddity.