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sábado, 30 de agosto de 2014

O AMOR PLATÔNICO


            A contribuição platônica para o mundo metafísico é uma das maiores contribuições do pensamento do mundo ocidental que explica os muitos porquês presentes no nosso cotidiano. Platão entendia que só através do amor, o homem se organiza, tem sentimentos e desejos de estar bem consigo mesmo e com seus pares. A filosofia platônica tem como relevância a descoberta superior do mundo sensível, ou seja, da metafísica do ser, um mundo para além do físico. O objetivo de Platão é chegar ao conhecimento através da verdade, através de um conhecimento universal.


            No amor platônico o ideal é que o amor molde o caráter, a estrutura social, trazendo o seu maior legado que é o Bem, individual ou coletivo. Ao pensar no amor nos dias atuais é impossível não ver resquícios desse amor platônico que permanece vivo em nossas definições. Por mais que se mudem as palavras o sentido é o mesmo, as características são as mesmas, pois o tempo não muda o ser humano em sua essência. 


            No nosso tempo, o amor é encarado como impossível em meio a essa sociedade moderna, onde é confundido com o ter e não com o ser, mas ainda hoje ficamos perplexos diante da força que o amor pode exercer sobre o homem, sobre a natureza, pois ele nos move para a busca incessante da própria satisfação seja material ou espiritual, base para o bem é uma maneira de expressar a importância de nos mantermos vivos.



O entendimento do amor platônico, nos revela que, através do exercício intelectual, espiritual, material, evoluímos e somos melhorados  na perspectiva do conhecimento, do viver bem, de dentro para fora e vice- versa, na intenção de não guardar, mas expandir e difundir a verdade, dando sendo à nossa existência.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

FILOSOFIA E PENSAMENTO FILÓSOFICO



Comecei um curso de filosofia a alguns dias e algumas pessoas me perguntaram para que serve? Daí eu mesma me perguntei para que serve a filosofia hoje? Se a medida de todas as coisas é a praticidade imediata, o pragmatismo. Na contemporaneidade a filosofia parece anacrônica e nonsense, mas isso não é uma responsabilidade da filosofia, mas da nossa época.


Há tempos que pensar é considerado desimportante, o mundo ideal tem necessariamente uma finalidade prática. Talvez uma das dificuldades para se fazer filosofia é o fato que independe da vontade o amor ao saber. A filosofia envolve a nossa capacidade de sentir de sermos tomados por afeto. E isso desconstrói a ideia recorrente de que filosofia é algo altamente intelectualizado, voltado apenas para a racionalidade ou a erudição.



Pensar pode ser arriscado e o grande perigo é você perder a segurança sobre certas verdades. Nessa época de relativismo em diversos campos do mundo social, uma das tarefas da filosofia é mostrar que é possível a construção de novos paradigmas. A crise da nossa época aponta que o olhar de admiração do filósofo está em processo de extinção. A filosofia nos mostra que o mundo é agressivo, e como elemento norteador que nenhum princípio é inquestionável. O estranhamento do mundo ainda é a grande jogada da filosofia. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

PLATÃO E A BELEZA



            É sempre bom rever e reler as ideias de Platão sobre o mundo, ontem dei aula de Ética e inevitavelmente entrei em campos próprios da filosofia. Na discussão falamos sobre a ideia do bom associado à beleza o que me remeteu a Platão, quando este acredita que o mundo que parecemos observar a nossa volta é uma ilusão. Suponha que observemos várias coisas belas: um pôr-do-sol, uma flor, uma pintura etc. elas diferem de muitas maneiras obvias. Ainda assim, supomos que têm algo em comum: são todas belas.


            Para Platão esse algo é uma entidade a ideia de beleza. Nenhuma coisa particular jamais é perfeitamente bela; poderia ser um pouco mais bela do que realmente é. A ideia de beleza, por outro lado, a própria beleza, é perfeitamente bela.


            As ideias são eternas; belos particulares vão e vêm. A bela flor desabrocha, mas depois murcha e morre. A própria beleza, em contraposição, nem passa a existir nem deixa de ser.


            As ideias para Platão são imutáveis. Nosso juízo sobre o que é belo muda com o tempo. As modas vão e vêm. Mas a ideia de beleza, a própria beleza não se altera. Assim, a beleza é uma entidade que existe além das coisas particularmente belas.