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sábado, 8 de junho de 2013

ALIMENTOS DA EVOLUÇÃO





Há alguns anos foi veiculado na TV Globo um programa sobre a evolução humana, os hominídeos pré-históricos, na verdade, tratava-se da tradução original do mesmo programa da BBC de Londres, o que mais me chamava atenção era um tema comum para a Antropologia do uso de carne vermelha na dieta desses primeiros hominídeos que foi capaz de trazer um desenvolvimento maior para o seu cérebro, humanizando-os e possibilitando o domínio de seu raciocínio.


Lendo minha revista semanal encontrei uma matéria que trata da importância dos alimentos para o desenvolvimento do cérebro humano baseado em resultados práticos, assegurando que algumas comidas podem ajudar a ter uma memória melhor e até mesmo aumentar a performance de QI. Isso não é novidade sabemos que a humanidade usou o café, o chá da coca e o guaraná entre muitos.


O que realmente me chamou a atenção foi a correlação feita entre o consumo de leite pelos suecos, que dizem ter o maior consumo per capita do mundo e o maior número de ganhadores de Prêmios Nobel, em compensação a China o país com o menor consumo de leite compensaria a falta desse alimento tomando chá verde que seria um potente antioxidante que melhora as funções cerebrais.


O interessante de tudo isso é que sempre podemos melhorar, já que os cientistas descobriram nos anos 1990, que os neurônios se produzem ao longo da vida, então a base é seguir uma alimentação equilibrada, além da busca incessante pelo equilíbrio emocional. 

domingo, 13 de janeiro de 2013

O MUNDO DA ALIMENTAÇÃO



A comida é uma forma de comunicação é através dela que o ser humano vai explicitar sua visão de mundo. O individuo tem a possibilidade de modificar seu ambiente e o que é comestível é determinado pela cultura, o estranhamento de determinados hábitos depende do grupo social que o representa.


Na Idade Média era comum vim a mesa a carne em peças inteiras, e usava-se as mãos para se alimentar. Vejo a cozinha de uma sociedade como a forma estrutural de representação de seus hábitos para isso basta compararmos que existem sociedade que a vaca é comestível como a nossa e outras que se alimentam de cães que para nós, são quase pessoas da família.


O padrão alimentar ocidental, mudou muito nos últimos anos, a partir do pós guerra nos EUA o ideal era parecer jovem e moderno e na alimentação, isso era materializado com a coca cola e o hambúrguer e o adolescente era o público por excelência desse padrão. Vejo que alguns alimentos vivem momentos de prestígio e outros de baixa, a carne por exemplo, teve o seu consumo aumentado dos anos 1950 a 1990.


Um fato curioso que acho é em relação a festas e reuniões de pessoas, na década de 1950 e 1960 grandes festas tinham que ter coquetel de camarão e comida boa era aquela cozida com gordura, usava-se até banha de porco. Hoje numa rápida visita pelas internet vejo que existe até bolo pop feito de chocolate kit kat e envolvido com uma fita. Não faz muito tempo a cozinha molecular representada por Ferran Andria era o que tinha de mais moderno, hoje o ideal é o retorno a práticas naturais como os alimentos orgânicos.


Entendo que as práticas alimentares na atualidade estão cada vez mais influenciadas pela publicidade e a indústria tem sido eficaz nesse sentido ao outorgar símbolos a tudo que produz e a comida é associada ao status social. Mas na contemporaneidade uma coisa é certa a culinária se mundializou e em qualquer praça de alimentação de shopping center se encontra representações de boa parte do mundo.


Uma coisa é certa hoje vivemos no mundo alimentar a cultura da quantidade e não do sabor com a ausência de uma cultura ligada a gastronomia que é vista mais como um luxo do que uma arte.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A EVOLUÇÃO DA COZINHA BRASILEIRA.



Hoje abrimos a geladeira e encontramos alimentos já previamente processados e cortados, o uso do gás e do micro-ondas deixa as refeições prontas em poucos minutos. Vamos pensar no preparo das refeições há mais ou menos 400 anos atrás. A cozinheira tinha que correr atrás da galinha que ficava no terreiro, depois tinha que matar; depenar e limpar as vísceras. Depois tinha que acender a fogueira, se agachar e começar a preparar o alimento do fundo do quintal. Assim é que funcionavam as primeiras cozinhas brasileiras.

            Os hábitos trazidos pelos portugueses, como utensílios para o preparo dos alimentos e a instalação da chaminé, foram sendo abandonados e o jeito indígena de cozinhar foi sendo aos poucos incorporado. A índia foi à primeira empregada doméstica brasileira, numa época de carência de mulheres brancas, e sempre que ela podia resistia aos costumes do colonizador e impunha o seu. Para cozinhar usar a trempe, três pedras colocadas diretamente sobre o chão. Para assar usavam o jirau. Segundo Câmara Cascudo, em História da Alimentação no Brasil, os indígenas e escravos incorporaram o design português e passaram a esculpir os utensílios de argila no formato de potes, panelas e moringas trazidas pelo colonizador.


            Após séculos de mesmice, a cozinha experimentou um salto de desenvolvimento na segunda metade do século XIX. E começou a se parecer, com o ambiente que conhecemos hoje. As inovações da Revolução Industrial, financiadas pelo dinheiro do café, da borracha e do açúcar, facilitaram a vida e mudaram a rotina dos cozinheiros. As donas de casa continuavam longe do fogão, a área de serviço permanecia para as serviçais no fundo do quintal. Com a construção da rede de abastecimento de água em 1876, acabou de vez a obrigação de buscar água no chafariz e não havia mais desculpas para sujeira. O gás chegou às cozinhas em 1901, com fogões importados. Até o século XVIII comer com a mão era uma prática aceitável socialmente e o uso do garfo e faca só “pegou” em meados do século XIX.


            A popularização da eletricidade, nos primórdios do século XX, transformou radicalmente a cozinha. Em poucos anos, um arsenal de eletrodomésticos chegou ao Brasil, fazendo com que o ambiente de serviço adquirisse outro status. Nos anos 1950 bonita e bem decorada, a cozinha anexa à copa já era um dos ambientes mais usados pela família. Na década de 1980 ela começou timidamente a se abrir para a sala. Em 2000, escancarada e exibida, ganha nome e sobrenome: cozinha gourmet.