Conheci a obra de Georg Bernard Shaw
(1856-1950) através do filme My Fair Lady estrelado por Audrey Hepburn. Shaw
dramaturgo irlandês, enfureceu milhares de mulheres em várias gerações. Em
definições como: cabe a mulher casar cada
vez mais cedo possível e ao homem ficar solteiro o maior tempo que puder.
Frases como essas levaram muitos a classifica-lo como machista e misógino. O
que não sabiam é que, ao contrário, Shaw era um defensor dos direitos das
mulheres, e que suas declarações não passavam de ironia com o acomodamento
feminino em relação aos homens.
Escrita em 1913 Pigmaleão, obra em
que se baseia My Fair Lady, enfureceu milhares de várias gerações. Ainda assim
a história da jovem florista Eliza Doolittle, humilhada e submetida a todo tipo
de tormento pelo grosseiro e intolerante Henry Higgins, é um dos maiores
sucessos de Shaw. A peça foi encenada diversas vezes, com a versão
cinematográfica estrelado por Hepburn ganhou nada menos oito Oscars.
Bernard Shaw conhecia muito bem o
mundo de Eliza, já que ele vinha de uma família humilde de Dublin, na Irlanda. Com
20 anos, mudou-se para Londres onde deu início a uma carreira brilhante como crítico
cultural. Sua marca principal era a polêmica. Sempre com argumentação segura
seus ensaios iam de críticas a Shakespeare até defesas ferozes do
vegetarianismo. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1925, mas recusou o
dinheiro.