Há tempos
que não saia de casa, ontem resolvi ir ao teatro para ver o show da Leila
Pinheiro, fiquei imaginado que ela iria cantar aquelas músicas que adoro da
Bossa Nova, mas não foi isso que aconteceu. O show era uma homenagem às
mulheres, com músicas de compositoras femininas, intercalada com trechos da
poesia de Adélia Prado, num lapso cronológico em sua grande maioria bem contemporâneo. Mas uma vez não me enganei com a postura da artista,
simpática, educada, respeitosa e elegante como todas as pessoas devem ser.
Fico
imaginando esse meu jeito de não ter muita fascinação pelo novo e por esse
motivo, não consegui me sintonizar bem com o espetáculo. Penso que
sou daquelas pessoas que acha que tudo que está relacionado ao passado tem um
gosto melhor. O ponto alto da noite foi a abertura com a interpretação da
música Lua Branca da maestrina Chiquinha Gonzaga, precursora de todas as
cantoras brasileiras e uma valsa de composição da própria Leila Pinheiro,
segundo ela imaginada a partir da obra do mestre Nelson Rodrigues.
Ver o
espetáculo, senti-lo, não tem preço e por isso, a noite já valeu a pena.