Tenho a impressão que vivemos o
tempo todo em ritmo frenético, conheço pessoas que trabalham doze horas por dia
e se consideram bem sucedidas, porque acreditam ser necessário viver desse
jeito em sua grande maioria para manter o alto custo de consumo que tem as suas
vidas, isso é o homem contemporâneo.
O filósofo Nietsche dizia que aquele
que não tem dois terços do dia só para si é escravo, não importando o que seja:
estadista, comerciante, funcionário ou erudito. Vivemos um processo de histeria
coletiva pelo correr das horas, onde as pessoas dizem que as 24 horas do dia
não são suficientes para a resolução dos seus afazeres.
O trabalho invadiu de uma forma
desordenada a vida pessoal, a ânsia das pessoas para viverem de acordo com os
padrões da contemporaneidade em especial os padrões de consumo, torna o ter
coisas, mais importante do que ser alguém que valoriza momentos simples como o
olhar nos olhos de quem fala, valorizar o por do sol, ou está ao lado de alguém
que precisa de ajuda.
Comungo
do pensamento de Aristóteles que acredita que a meta é a busca do equilíbrio,
sem excessos de atividades que levariam a desgastes, nem excessos de descanso
que pode chegar a estagnação. Para mim aproveitar bem o tempo é se conhecer
cada vez mais, e buscar a paz interior. Por fim tenho um questionamento que
ecoa em minha cabeça: para que correr tanto se a vida é um bem tão
raro?