Lendo a minha revista semanal me
deparei com uma matéria falando de um índice que mede a popularidade das pessoas
com base nas redes sociais e fiquei pensando que mundo é esse que estamos
vivendo? Conheci o conceito de rede social com Manuel Castell na Trilogia
Sociedade em Rede, no início dos anos 2000, com o querido professor Edmilson Lopes Junior, mas, materialmente rede social se popularizou
tanto que digo sem medo de errar, que determina boa parte dos padrões de
relacionamentos na contemporaneidade.
Esse índice a que me refiro é
chamado de Klout e é calculado a
partir de uma base de variáveis incluindo o número de seguidores no Twitter, a frequência de atualizações, o
número de recomendações e amigos. Esse índice teria influências na “reputação”
do usuário nas redes sociais e estaria sendo usado até pelo mercado
corporativo.
Isso me deixa pensando o que é
preciso para se ter alta popularidade nas redes sociais? Fazendo um passeio
pelo perfis mais populares, ou seja, aqueles que possuem maior número de amigos
ou seguidores, cheguei a algumas conclusões: é necessário frequentar com
assiduidade as redes sociais, tempo e energia são fundamentais; deve-se indicar
moda, restaurantes e aforismos filosóficos, mesmo que sejam vazios de significado;
é preciso também que os registros fotográficos do cotidiano sejam reproduzidos e curtidos pelo maior número de pessoas.
E o que é preciso para manter essa influência?
É preciso acima de tudo que o usuário, nunca se ausente do mundo das redes
sociais por mais de uma semana, porque com o decurso do tempo, já vai está desatualizado e aquela legião
de amigos/seguidores migrarão automaticamente para outro perfil.
Fico pensando nessa
contemporaneidade, cada vez mais obcecada pela aparência, e o que apresentam
nas redes sociais pode significar um componente para alimentar a
estratificação social, e o comportamento exacerbadamente ansioso que
tristemente marca o nosso tempo, onde todos seguem mansamente a marcha da manada.