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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O SAMBA E O NASCIMENTO DA BOSSA NOVA


O samba é considerado o gênero musical brasileiro por excelência, porque é o resultado da mistura da cultura africana com a européia com a realidade e o jeitinho brasileiro. O samba nasceu na Bahia e surgiu nas comunidades negras em ritmo de escravidão. Logo foi conhecido e desenvolvido no Rio de Janeiro, São Paulo e em outras regiões do país. O seu ritmo é caracterizado pela marcação que é o que o surdo faz numa bateria de samba.


            No começo da era do rádio no Brasil, o samba foi o carro chefe da música nacional, embalado por sucessos de artistas como Donga, Ismael Silva, Noel Rosa, Wilson Batista, Ataulfo Alves e Carmen Miranda. Nas décadas de 1940 e 1950 o samba passa por um processo de modernização estabelecendo um diálogo com a música erudita, o jazz e a literatura moderna. Nomes como Pixinguinha, Garoto, Dorival Caymmi, Johnny Alf, Ary Barroso e Vinicius de Moraes estavam contribuíndo nesse processo que iria resultar na tão consagrada Bossa Nova.


            Em 1959 foi lançado o disco Chega de Saudade do baiano João Gilberto, com arranjos e direção musical de Tom Jobim esse é o marco da Bossa Nova que surgiu como um jeito diferente de tocar o samba, mais intimista com mais suavidade e valorizando mais a harmonia, utilizando harmonia mais sofisticada com acordes cheios de tensões. Uma diferença com o samba é a origem, a Bossa Nova veio de um grupo de artistas, em geral de classe média, enquanto o samba veio das classes mais pobres.


            A Bossa Nova transformou-se num movimento de vanguarda na música popular, seus representantes Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Gilberto, Nara Leão, Carlos Lira, Luiz Bonfá, entre muitos outros alcançaram expressiva projeção internacional, a partir de então, o mundo passa a referenciar a música popular brasileira.

             

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A MÚSICA ELETRIZANTE DE JIMI HENDRIX


            Hendrix foi um guitarrista negro canhoto, que criou ao longo da carreira um completo vocabulário de estouros sonoros. James Marshal Hendrix nasceu em 1942 nos Estados Unidos e ganhou sua primeira guitarra aos 12 anos. Em suas primeiras gravações esteve ao lado do bluesmen do sul e das bandas negras do Sul como em B. B. King e Little Richards.



            Sobre essas raízes Hendrix desenvolveu um estilo de alta sonoridade, hipnótico e floreado que atingiu um público fundamentalmente branco. Depois de ouvi-lo numa boate de Nova York, ele foi levado a Inglaterra onde formou o trio Jimi Hendrix. Adoro seus vídeos são eletrizantes Hendrix tocava a guitarra até com os dentes e atrás da cabeça deixando perplexos seus colegas guitarristas e o seu público como um todo.



            Gosto do seu jeito fluido de tocar, com muita improvisação e uma sonoridade singular que buscava muitas vezes o feedback do próprio amplificador, transformando completamente a paisagem sonora do rock. Morreu prematuramente em 1970 numa mistura fatal de drogas e álcool. Deixou uma concepção absolutamente original do blues elétrico e uma imagem que marcou a década de 60 e toda uma geração e ume estilo.

           Morreu prematuramente em 1970 numa mistura fatal de drogas e álcool. Deixou uma concepção absolutamente original do blues elétrico e uma imagem que marcou a década de 60,  toda uma geração e um estilo.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

YAMANDÚ COSTA: UM PACTO COM A GENIALIDADE




Ouvir o gaúcho Yamandú Costa é viajar entre o popular e o erudito, é alguém que consegue tocar no Teatro Municipal do Rio de janeiro e gravar disco com o sanfoneiro Dominguinhos. Acredito que ele traz consigo a musicalidade dos coretos do Rio Grande do Sul, como também salas de concertos internacionais. Mas o que predomina é sempre o seu domínio mais sulista.


O gaúcho começou sua carreira artística aos 4 anos como cantor de um grupo de músicas regionais comandado por seu pai. Duas décadas depois seu talento foi reconhecido em festivais de músicas internacionais como jazz em eventos importantes no mundo todo, no entanto, ele nunca abandonou suas raízes sulistas.


O disco que tenho dele é Lida que pelo direcionamento musical, pelas composições autorais e, enfim, pelo bom gosto que permeia toda a sua produção para mim é o seu melhor registro, com clara inspiração da obra O Tempo e o Vento de Érico Veríssimo. O bom da sua obra, é que é sobretudo, brasileira, quando não está pesquisando os sons da sua infância está tocando forró ou invadindo um roda de choro na Lapa, música das melhores brasileiríssima para que possamos aproveitar. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

AS MELHORES MÚSICAS DE CINEMA



            Ao longo da nossa história várias formas de arte incorporaram a música como elemento de expressão. Tirando partido do seu poder de sugestão, compositores procuraram, durante séculos, evocar ou simbolizar elementos da natureza. A música esteve presente em vários momentos da história, no teatro das feiras, das marionetes, no circo, na ópera, no balé, acompanhando a lanterna mágica e o melodrama. No cabaré e em inúmeras manifestações artísticas que tiraram partido do seu poder de sugestão e do seu potencial narrativo.



            No cinema a música sempre acompanhou o seu percurso, durante o período do cinema mudo, no início do século XX, era essencial para o acompanhamento dos filmes, o que muitas vezes era feito ao vivo pro músicos dentro das salas de cinema. Mesmo após o cinema falado, ela continuou a ser imprescindível para a composição de uma cena. Acho que o mundo é todo ritmo e é possível ao som corresponder ao mesmo tempo, o mundo objetivo e a percepção do homem desse mundo.



            Quando elaborei essa lista queria que fosse pequena e o principal critério para a escolha foram as minhas preferências pessoais, entendo que não foi quem escolheu, essas músicas, elas que me escolheram, por isso que não tive dificuldades na escolha, são músicas que trazem encanto e magia misturado as cenas de cinema, vejo e revejo inúmeras vezes, sempre com o espanto de uma nova descoberta. A imagem pode reter o temo, mas o som segue o ritmo variável das percepções do homem.


Singing and Rain (Cantando na Chuva)- Gene Kelly cantando e dançando essa música não tem preço, é o tipo de som capaz de causar a sensação de que tudo vai dá certo, que a vida é um grande sol que brilha e ilumina a alma. O amor aqui, é o maior passaporte para a felicidade. Cena inesquecível e memorável.


Over the Raibow (O Mágico de Oz)- para mim a melhor parte do filme é a interpretação de Judy Garland, interpretando essa canção, quando vejo essa cena penso num mundo imaginário, onde tudo que for sonhado será possível. Música triste e sentida, mas carregada de esperanças.


Flashdance...what a Feeling (Flashdance)- adoro essa música contagiante lembro que quando era criança em fins dos anos 1980, esse filme era presença garantida nas minhas tardes, dava vontade de dançar e de procurar ambientes descontraídos, música alegre que me remete ao melhor da infância.


As time Goes By (Casablanca)- Gosto de tudo nessa música, a escrita doce, os acordes, e as mudanças de execução de acordo com o enredo do filme. Para mim é tema de qualquer romance, assim como no filme, a música é capaz de emoldurar as mais doces lembranças.


Mrs. Robinson (A Primeira noite de um homem)- além de ser a cara da melhor comédia romântica de todos os tempos, essa música acompanha o dinamismo do filme. A música tem uma pegada folk que amo, é daquelas músicas atemporais que quanto mais se escuta, mais é possível gostar.


Moon River (Bonequinha de Luxo)- Uma das minhas cenas preferidas do filme é Hepburn na janela do seu apartamento, cantando e tocando essa música, confesso que quando vi a primeira vez fiquei surpresa. A música já foi composta pensando nas limitações vocais da atriz, seu jeito despretensioso de cantar me encantam sempre que vejo.


Cheeck to Cheeck (O Picolino)- Essa música foi engraçado, conheci a interpretação de Sinatra e já gostava, quando vi Fred Astaire cantando e dançando para Ginger Rogers entendi o quanto que a música poderia ficar muito melhor, sem sombra de dúvidas uma das melhores cenas do cinema de todos os tempos, expressando o melhor dos musicais e o encanto de toda uma época.