O
samba é considerado o gênero musical brasileiro por excelência, porque é o
resultado da mistura da cultura africana com a européia com a realidade e o
jeitinho brasileiro. O samba nasceu na Bahia e surgiu nas comunidades negras em
ritmo de escravidão. Logo foi conhecido e desenvolvido no Rio de Janeiro, São
Paulo e em outras regiões do país. O seu ritmo é caracterizado pela marcação
que é o que o surdo faz numa bateria de samba.
No começo da era do rádio no Brasil,
o samba foi o carro chefe da música nacional, embalado por sucessos de artistas
como Donga, Ismael Silva, Noel Rosa, Wilson Batista, Ataulfo Alves e Carmen
Miranda. Nas décadas de 1940 e 1950 o samba passa por um processo de
modernização estabelecendo um diálogo com a música erudita, o jazz e a
literatura moderna. Nomes como Pixinguinha, Garoto, Dorival Caymmi, Johnny Alf,
Ary Barroso e Vinicius de Moraes estavam contribuíndo nesse processo que iria
resultar na tão consagrada Bossa Nova.
Em 1959 foi lançado o disco Chega de Saudade do baiano João
Gilberto, com arranjos e direção musical de Tom Jobim esse é o marco da Bossa
Nova que surgiu como um jeito diferente de tocar o samba, mais intimista com
mais suavidade e valorizando mais a harmonia, utilizando harmonia mais
sofisticada com acordes cheios de tensões. Uma diferença com o samba é a
origem, a Bossa Nova veio de um grupo de artistas, em geral de classe média,
enquanto o samba veio das classes mais pobres.
A Bossa Nova transformou-se num
movimento de vanguarda na música popular, seus representantes Tom Jobim, Vinícius
de Moraes, João Gilberto, Nara Leão, Carlos Lira, Luiz Bonfá, entre muitos
outros alcançaram expressiva projeção internacional, a partir de então, o mundo
passa a referenciar a música popular brasileira.