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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A CONTRIBUIÇÃO DE PITÁGORAS




            O nosso pensamento racionalista cunhado a partir do Iluminismo do século XVIII, estabelece que só pode ser comprovado aquilo que possa ser mensurado. E essa mensuração só existe através dos números. Pitágoras filosofo grego que viveu de 570-496 a. C. entendia que a matemática era o meio de descobrir verdades sobre o mundo de outro modo impenetráveis.


            Foi dele a ideia de tratar os números como formas tal como aparece até hoje, por exemplo, nos dados. Seu fascínio pela matemática baseava-se na natureza atemporal e universal de suas descobertas. Diferente das verdades sobre o mundo físico, as verdades matemáticas são eternas. Os objetos matemáticos apreendidos pela mente seriam superiores a descrição que temos deles. O mais legal de tudo isso e que para mim causam um fascínio indescritível é o fato dos intervalos de uma escala musical serem razões aritméticas exatas.


            O seu pensamento é tão importante para nós que temos a ideia de que o universo pode ser explicado matematicamente. É sua também a nossa herança de que a matemática é o paradigma genuíno para o conhecimento intelectual, e para o desenvolvimento da ciência tal qual a conhecemos. 


quinta-feira, 28 de junho de 2012

QUANDO LI DANTE




Lembro-me bem quando li Dante Alighieri e a impressão que a beleza do seu poema causou em minha vida. Os tercetos e decassílabos em rimas alternadas e encadeadas trouxe musicalidade à minha leitura. Penso na influência que a obra exerceu na cultura ocidental nos últimos 700 anos e vejo sua imensurável importância. A jornada que Dante empreende, a meio caminho de sua vida, pelo Inferno, Purgatório e Paraíso, é um mapeamento da história e do pensamento universais. O poema dá a impressão de iniciar um processo que não pode mais parar, o processo em que cada homem se enfrenta e faz a inevitável viagem para dentro de si mesmo. A Divina Comédia não é simplesmente um poema é um mapeamento da história e do pensamento universais, por meio da fervorosa ideologia cristã que se julgava capaz de explicar todas as coisas. O seu estilo é tão original que tenho a impressão de que com sua linguagem foi capaz de redescobrir o mundo. 



quarta-feira, 27 de junho de 2012

PENSANDO A ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATÃO




            Hoje acordei lembrando Platão e sua Alegoria da Caverna e pensando na condição humana. Estamos presos num mundo de sombras, o mundo real está oculto para nós. Somos o produto dos interesses da sociedade da qual fazemos parte. Os nossos gostos e os nossos valores foram construídos para pensarmos como pensamos e acreditar naquilo que acreditamos. Confundimos sombra com realidade, mas não temos como saber que estamos sendo enganados.
            Em sua alegoria o sol que brilha fora da caverna representa a nossa ideia do bem. E essa visão só é vista com esforço. A ascensão do prisioneiro representa a jornada rumo ao verdadeiro conhecimento o conhecimento das ideias e, por fim da ideia do bem. O prisioneiro descobre a ideia ilusória que normalmente consideramos realidade e se luta para ajudar aos outros a encontrar a verdade. Mas o resultado é que os outros zombam dele e continuam atados à sua ilusão.

            É isso que o conhecimento do conhecimento faz com quem o apreende, mostra o real por traz do ilusório e do construído. É essa ideia do BEM, muito próxima da nossa filosofia cristã, que traz luz ao nosso mundo de sombras. 

terça-feira, 26 de junho de 2012

PENSANDO O SÉCULO XIX


O século XIX trouxe com ele o triunfo e a vitória dos humanistas, o rompimento definitivo com os ideais teocêntricos medievais que vinham abalados desde o Século XV, constituiu um retorno à cultura e à religiosidade pagã. É o século da oficialização da promulgação e da instituição do ateísmo. É o culto ao cientificismo e ao método científico.




A vida das pessoas foi fundamentalmente transformada. Era possível viajar em trens a vapor numa velocidade de 150 km/h, ou em navios movidos a vapor. As pessoas passaram a fazer viagens com finalidades turísticas e a praticar esportes. Com a Revolução Industrial a máquina diminuiu os esforços físicos dos homens. As casas burguesas já contavam com luxos como iluminação a gás, cortinas e tapetes. Hábitos higiênicos, como o uso do banheiro foi introduzido.



A vida ficou mais interessante com os gramofones, as máquinas de escrever, as porcelanas inglesas e as fotografias. A moda, o esnobismo e o individualismo passaram a ser cultivados. Os trabalhadores do mundo se uniram. A burguesia viveu incertezas, a mulher se emancipou e as artes foram transformadas.


Esses eventos mudaram o nosso mundo Ocidental e inauguraram a nossa Modernidade. E são os elementos que constituem essa chamada Modernidade que iremos discutir nesse espaço.