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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

WITTGNSTEIN: O FILÓSOFO DA LINGUAGEM



Lembro que a primeira vez que ouvi falar em Ludwig Wittgnstein, foi no programa Café Filosófico da TV Cultura, depois disso comprei o Tractadus Lógico Philosofico, sua primeira e única obra publicada e demorei muito tempo para acompanhar seu pensamento. Wittgnstein tem uma importância fundamental para entender a filosofia do século XX, marcada pela linguagem. No Tractadus pode-se encontrar uma postura em que ele adota a posição de que o mundo e a linguagem possuem um isomorfismo.



Sua leitura é bem difícil, parece que ao ler eu estava montando um quebra cabeças, para o seu texto. Para Wittgnstein o real significado de uma palavra não aparece no dicionário, ele vai aparecer dentro do jogo de linguagem que se estabelece entre os indivíduos. Quando você conversa com um amigo você estabelece um ramo de linguagem e há uma vitória quando os indivíduos se entendem, o que não significa necessariamente concordar, mas compreender a linguagem e esse é o jogo da linguagem. Em cada jogo as palavras adquirem um novo sentido.



            Fora dum jogo de linguagem a palavra fica sem sentido, são os indivíduos que inserem sentido e significado as palavras, somos nós que inserimos sangue as gélidas palavras mortas. Filosoficamente, isso significa dizer que o significado de uma palavra não está relacionado ao objeto que ela representa no mundo real nem as estruturas mentais que podemos fazer a cerca da palavra, para Wittgnstein o que realmente importa na hora de estabelecer o significado de uma palavra é o momento que o falante consegue dizer o que quer e o ouvinte consegue entender o que está sendo dito.



            A linguagem é obrigatoriamente uma prática pública, um termo ou palavra vai ganhando significado pela aceitação popular. Pela correção que as pessoas vão fazendo em determinado tempo e cultura. Se não fosse assim, as palavras seriam somente um ruído, sem nenhum significado. Pensar diferente é possível, o papel do filósofo não seria converter ninguém a nada, mas, mostrar os erros que se cometem no discurso, mostrando as formas de transcender os limites da nossa razão.