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sábado, 14 de junho de 2014

OS AUTO RETRATOS ESSENCIAIS PARA A HISTÓRIA DA ARTE


            O auto- retrato é uma confissão de intimidade. Um misto de ideias e imagens em que o pintor tenta responder com ênfase duas questões: “o que sou ?” e “o que é a pintura ?”. Selecionei quatro óleos sobre telas que marcaram a arte ocidental.


            Durer, Albrecht (Auto Retrato com Flor de Cardo, 1493)- foi feito quando o pintor alemão tinha apenas 22 anos. Na obra, notam-se marcas do aprendizado de Durer em ourivesaria e gravura. As mãos nervosas do artista seguram um ramo de cardo, a pintura tenta esconder uma certa timidez. A tessitura das roupas é tratado com o cuidado de uma pintura flamenga. O cabelo revolto parece ser encimado por uma flor de alcachofra.


            Rubens, Peter Paul (Auto Retrato com sua mulher Isabel Brandt, 1609)- Isabel está paramentada como uma rainha. Aqui o estilo flamengo é rigoroso, bordados e brocados são exaltados. Os tecidos (veludo, lã, seda entre outros) são facilmente identificados, assim como o brilho dos metais. O ideal de prosperidade e felicidade burguesa, calcado na aristocracia, reveste toda a pintura.


            Velásquez, Diego (As Meninas, 1656)- auto retrato emblemático da pintura ocidental, com o objeto que mais representa ideias abstratas. O pintor veste o hábito de cavaleiro de Santiago, a cruz no peito, comenda que só ganharia no fim da vida. Pinta os reis, que mal são vistos em reflexo, e, saindo de trás da tela, parecem anunciar: isto é pintura de reis, mas quem a vê é mais importante.



            Cézane, Paul (Auto Retrato, sem data)- é, entre os pintores consagrados, o pior retratista do século 19; quem sabe até da pintura ocidental. Quando pintava sua mulher pedia que ela ficasse imóvel como uma maça. As pessoas para ele eram meros elementos de figuração. Não tinham mais importância que os objetos ao seu redor. Ainda assim, em seu auto retrato, Cézane conseguiu reter o espaço humano, como até então ninguém havia realizado.