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sexta-feira, 18 de abril de 2014

SELFIE: O EGOCENTRISMO COLETIVO


Esses dias estive pensando na moderna obsessão da maioria das pessoas em se fotografar freneticamente seja em espelhos de banheiros, academias, bares ou qualquer lugar que possa faze-lo. O tal do “selfie” é a febre do momento todos querem, todos fazem. Junte-se a isso, a mania que vem crescendo nos últimos anos a de fotografar as comidas, seja nos restaurantes ou em casa. Parece que comer ficou em segundo plano, deixe o prato esfriar, em primeiro lugar vem fotografar. Mesmo que seja um simples mexido de segunda feira a noite tem que ser imediatamente publicado em redes sociais como face book e instagram.


Mas a moda “selfie” (publicar em redes sociais fotos que a pessoa tira do próprio rosto), superou tudo até a mania que considero irritante de fotografar a comida. Hoje cada um com seu celular cheio de recursos tecnológicos dirige o filme da própria vida, onde cada um, logicamente é a estrela e protagonista. E tome pose blasé, olhares fatais, cabelos arrumados e biquinhos (ah o infame biquinho) sensuais, caras e bocas não faltam. O “selfie” não tem classe social, muito menos limites.



Me sinto num surto coletivo de egocentrismo e hedonismo. Parece que a maioria das pessoas não faz questão de companhia, já que o principal parceiro e companheiro é o telefone celular. No mais acho que estou velha já que me assusto com fotos publicadas em funerais, banheiros, hospitais, mesas de família e em outros lugares que a pouco tempo seriam inimagináveis.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

PARA ERIK HOBSBAWM.





            Gosto de tudo um pouco, por isso não consigo me definir exatamente como sendo de uma área específica. Como já disse em outros momentos nesse espaço tenho especial interesse pelas coisas do passado, sendo assim, tenho uma predileção por história. Daí vem o meu interesse pela obra de Hobsbawm. Seu estilo com forte caráter marxista me prendem a leitura agradável do início ao fim.



            Eric J. Hobsbawm nasceu em Alexandria no Egito, em 1917. Estudou em Viena, Londres e Cambridge. Fez parte do corpo docente do King’s College de Cambridge, entre 1940 e 1955, foi catedrático de História da faculdade de Birbeck da Universidade de Londres de 1959. Morreu hoje em Londres aos 95 anos, deixando um legado intelectual de grande relevo para explicar a nossa modernidade.


            Comecei a ler sua obra por Era dos Extremos: o breve século XX, que traz um aspecto politico da história mostrando que o século XX iniciou-se com a Primeira Guerra Mundial em 1914 e terminou com o fim do regime Socialista da antiga URSS em 1991. Depois voltei no tempo e comecei no estudo das eras com: A era das Revoluções (1789-1848); A era do Capital (1848-1875); A Era dos Impérios (1875-1914). O interessante dessas três Eras é a monumental força que possuem para analisar a história mundial.


            É traçado com extraordinária clareza o processo de transformação pelas quais passaram todas as camadas sociais da Europa, indo da Revolução Francesa ao período das Revoluções passando pela formação dos Impérios Coloniais que marcaram o século XIX e deram ensejo à Primeira Guerra Mundial.


            O que me fascina é a forma como ele integra a cultura, a política e a vida social, com precisão teórica e capacidade de síntese. Sua visão é abrangente, original, seu estilo é conciso e elegante. Analisando as transformações sociais sob um ótica que transcende a visão oficial daqueles que ganharam às batalhas da sociedade que ele analisa.



            Por tudo isso, hoje mais do que nunca reafirmo a imortalidade do seu legado. E do prazer que causa a leitura de suas obras.