domingo, 8 de junho de 2014

O MELHOR DA ARTE BRASILEIRA


            Analisando acervos sobre as artes plásticas nacionais elaborei uma lista de obras consideradas referência para a história da arte brasileira. Do academicismo de Almeida Júnior, passando pelo modernismo e concretismo, até chegar a produção contemporânea nacional. A lista não tem a pretensão de esgotar o debate, inúmeras outras obras podem ser acrescentadas, o que pretendo é jogar luz dentro de uma perspectiva temporal as artes brasileiras.


Almeida Júnior (1850-1899)- o pintor estudou na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro entre 1869 e 1874. Em 1876 recebeu uma bolsa de estudos do Imperador D. Pedro II e estudou na Franca até 1882. As telas que representa cenas e personagens da província paulistana em sua vida interiorana são considerados a parte mais importante de sua produção, caso do célebre óleo sobre tela O Violeiro (1899).


Lasar Segall (1891-1957)- Lituano de nascimento, Segall veio para o Brasil em 1923, já como um legítimo representante das vanguardas europeias. O artista dizia que o Brasil tinha lhe revelado o milagre da cor e da luz, distanciando seu trabalho da sobriedade e dos tons cinzentos e terrosos. Bananal (1927), em tons de verde reverberam de forma mais ritmada pela tela é característica dessa nova fase.


José Pancetti (1902-1958)- o ex marinheiro carioca começa sua obra na década de 1920, de forma completamente intuitiva e autodidata, nos momentos de folga ou de solidão em alto mar. No início dos anos 50 muda-se do Rio para Salvador e as cores dos seus quadros passam a sofrer influência da luminosidade do litoral baiano, caso emblemático deste conhecido óleo Musa de paz (1950).


Waldemar Cordeiro (1925-1973)- nasceu em Roma, onde estudou na academia de Belas Artes. Em 1948, se muda para São Paulo. Convexo (1954) é um importante exemplar de desenvolvimento da arte concreta tal como concebida por Cordeiro: fatura impessoal e a criação de uma realidade visual a partir de elementos gráficos simples.


Nelson Leirner (1932)- suas obras colocam em cheque o sistema de arte. Em 1967, enviou para o quarto salão de Arte Contemporânea do Distrito Federal um porco de verdade (empalhado), obra que foi aceita pelo júri. Hoje O Porco (1967), já está incorporado ao sistema que questionou sendo importante obra das artes nacionais.



Edgard de Souza (1962)- um dos mais importantes artistas de sua geração, surgiu nos anos 80, trabalhando com pintura, desenho e gravura, mas passando, na década de 1990, à produção de objetos e esculturas que tomam a medida do corpo como experiência para o fazer, em trabalhos artesanalmente construídos, e de forte caráter erótico, como a série gotas.

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