Quando eu era criança nos anos 1990,
onde eu nasci no Nordeste do Brasil a cor da pele, infelizmente, ainda era um
diferencial para qualificar um ser humano. Lembro de um parente que era
político e teve dificuldade para se eleger influenciado pela cor negra de sua pele.
Mas tarde conheci o Apartheid da África do Sul do Nelson Mandela, e a discriminação
racial dos EUA, com personagens como Martin Luther King e Rosa Parker.
Em 2008 me senti extremamente tocada
com a campanha de Barack Obama para presidente daquela nação, lembro que torci
ativamente por cada voto que ele recebia para ser o candidato do partido Democrata,
a sua vitória então, foi carregada de um imensurável simbolismo, como a
historia e a sociedade podem evoluir. O dinamismo do mundo social mostra que a
vida e as pessoas podem melhorar. Passamos de uma sociedade que separava
espaços de convivência pela cor da pele das pessoas para uma sociedade que
elege seu presidente negro.
Agora quatro anos depois, em tempos
de rede social, acompanhei com satisfação através da rede de compartilhamento
de fotos Instagram a imagem de Obama
com sua família na festa da vitória de sua reeleição e tenho esperanças de
viver num mundo melhor. Sua vitória é fruto das mesmas alianças de 2008:
negros, hispânicos, jovens, gays, mulheres, asiáticos, foram novamente as urnas
para confirmar o foto no primeiro presidente de origem africana dos EUA.
Apesar das dificuldades de se concretizarem,
as ações que estão na contramão do sistema capitalista como a defesa ao meio
ambiente com o enfrentamento do aquecimento global, os programas sociais para
os pobres, o aumento da cobertura de saúde, nem tudo está perdido, o que
importa é que existe a discussão e a intenção de que as mudanças sejam
operadas, como no discurso do presidente reeleito. Por isso tenho esperanças de
viver num mundo melhor, onde as pessoas se reconheçam mais heterógenas e a vida
seja mais igualitária.