Cinema é uma das minhas grandes
paixões, mas nunca curti muito filmes de ação, uma exceção são os filmes da
série 007, inventados por Ian Fleming, acho que pelo tom geopolítico e a
mensagem de política internacional me conquistaram. Uma época comprei todos os
filmes, resolvi assistir e é para mim até hoje uma diversão incrível.
O personagem 007, James Bond foi
criado por Ian Fleming (1908-1964) em 1953, a sua inspiração veio de vários agentes de
inteligência que trabalhavam para a marinha britânica, que o autor conheceu na
época da Segunda Guerra Mundial. Acredito que quando resolveram levar para o
cinema não se imaginava que estivesse surgindo uma franquia tão rentável.
O agente foi vivido oficialmente por
seis atores (Sean Connery, de longe o
meu preferido e imbatível, pelo charme, elegância e coragem que deixa
transparecer, Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e Daniel Craig), foi
protagonizado 23 longas metragens e 15 diretores. Sobre o Daniel Craig, só
acredito que foi capaz de incorporar o personagem agora no último filme de 2012
Skyfall.
Para mim, o insuperável é o primeiro
filme da série com o magnifico San Connery 007
Contra o Satânico Dr. No (1962), é nesse momento que é estabelecido as
características que vão marcar o herói: um elegante e perspicaz bom vivant, que
gosta de belas mulheres, sabe curtir os prazeres da vida e se empenha como
ninguém em salvar o mundo. Úrsula Andrés
é o arquétipo da Bond girl, bonita,
dúbia e muito perigosa.
Existem algumas marcas que são
registradas na série que para minha alegria, voltam com entusiasmo nesse último
filme, as canções, o uso de contorno e sombras na abertura, o carro do 007, o Aston Martin prateado de Goldfinger e 007 Contra Chantagem Atômica e os equipamentos tecnológicos, que
magistralmente é somente o uso do rádio, as críticas consideram como uma homenagem do filme
aos 50 anos da série.
Surgido no auge da Guerra Fria, Bond
encarna o medo que vivia a sociedade ocidental, exteriorizada pelos vilões
bizarros. O que me entristece é que a partir dos anos 1990, o herói cedeu ao
cinema de pancadarias, sangue e cenas de efeito que casam com o cinema mais
moderno, mais apesar disso ainda é um prazer ver Bond, James Bond.