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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

VINÍCIUS DE MORAES 100 ANOS DE POESIA





            Gosto de Vinícius desde sempre é daquelas paixões antigas que não lembro como começou nem porque começou. Escuto suas músicas quando estou triste e quando estou feliz, seu lirismo preenche o meu ser, me acalma, me dá a sensação de que sou acolhida, que tudo sempre vai ficar bem, já li sua atuação como diplomata, suas poesias e suas críticas de cinema, assim como, as suas histórias de amor. Vinícius é tão grande para mim, que desde outubro último quando ele faria cem anos que questionava como iria escrever algo sobre ele. Tive uma ideia, revi o documentário sobre ele para poder sistematizar linearmente seu percurso de uma vida bem vivida.


            Vi o filme Vinícius (2005) de Miguel Faria Júnior, logo no lançamento e lembro que quando fui entrando no cinema o cartaz já me contagiou com a citação  em que dizia: quem pagará o enterro e as flores se eu morrer de amores. Vinícius foi um ser humano multifacetado: poeta, dramaturgo, diplomata, jornalista, cantor, compositor, crítico de cinema e sobretudo, apaixonado pelas mulheres, acredito ser daí que reside o seu charme imortal. O filme recorda as inúmeras histórias que parentes e amigos tem para contar do poetinha.


            Foi elaborado uma excelente pesquisa de imagens de arquivo desse que é um dos mais intrigantes personagens da cena brasileira. O elenco traz vários entrevistados que a época da Bossa Nova e dos Afro sambas eram somente uma turma que cantava e tocava diferente, hoje são os grandes nomes da MPB. Um dos depoimentos que mais gosto é do Chico Buarque, porque é feliz, sentido, entre os muitos sorrisos ao falar do amigo, do parceiro musical; Maria Betânia lembra quando apresentou a amiga Gessy a ele, que se apaixonou a primeira vista por aquela que viria ser a esposa de número sete, responsável por leva-lo a praia de Itapuã. Os demais amigos o recordam com o mesmo bom humor que tinha em vida.


            Com interpretações de canções e poesias suas, ele é invocado por meio de sua obra, o grande mérito do filme é trazer de volta a vida esse personagem que asperge uma brasilidade e uma paixão muito intensa. O documentário, toca em algumas feridas principalmente na fala das filhas deixando a cargo do expectador vê-lo como: beberrão, ou boêmio, apaixonado ou mulherengo, mais do que isso o filme mantem viva sua memória.


            Para mim ele traz alegria e tudo fica melhor quando escuto os versos é melhor ser alegre que ser triste, assim como, não há dor de amor que não seja amenizada no que não seja imortal, posto que é chama mais que seja infinito enquanto dure, estando perto de sua obra lembro que o nosso objetivo maior aqui é a felicidade que para Vinícius era uma gota de orvalho num pétala de flor e que a vida deveria ser muito bem vivida já que a vida não é brincadeira, amigo; 
a vida é arte do encontro
; embora haja tanto desencontro pela vida.