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domingo, 15 de dezembro de 2013

GUIA DO RENASCIMENTO



            O Renascimento foi um movimento artístico que surgiu na Itália entre os século XV e XVI, e serve até hoje para definir a ideia que temos de arte. Só assumiu um paradigma muito mas amplo, em meados do século XIX quando o movimento começava a perder força como modelo estético, aumentou tanto que hoje, o seu significado chega a ser indeterminado. Não sabemos ao certo até que ponto foi construída a ideia de um “homem do renascimento” culto e esclarecido em oposição a um homem da idade média, carola e retrogrado.


            O que  sabemos é que modernidade mesmo aconteceu com a Reforma Protestante a partir de 1517. Em arte as transições são muito fluidas é impossível encontrar uma determinação fixa de quando começa um período e termina outro. Mas o que distingue o Renascimento Italiano enquanto movimento artístico inovador é a ideia de que a Antiguidade era uma cultura que deveria ser desenterrada após séculos de esquecimento, mas do que desenterrar o antigo, o Renascimento inventa a Idade Média.


            A primeira fase do Renascimento é formada por um grupo pequeno de artistas florentinos: Filippo Bruneleschi, Donatelo, Lorenzo, Lucca Della Robbia e Masaccio. Foram eles os primeiros que fizeram reviver uma arte que como a antiga, se inspirava diretamente na natureza. Artes na Florença da época eram as corporações de artesãos e comerciantes que governavam a cidade a cidade desde o século XIV. Essas corporações transmitiam seus conhecimentos de pai para filho, os conhecimentos não eram acadêmicos, tinham uma base empírica, e bebia na fonte da engenharia, na fundição de metais e na fabricação de cores.


            Em sua maioria não liam latim, mas dispunham de tratados de ótica e geometria, traduzidos e consultavam cientistas e matemáticos sempre que fosse possível. Eram leitores vorazes da nova literatura (Dante, Petrarca, Boccacio) e estudavam história. A cultura deles se definia em função dos projetos que estavam envolvidos, uma igreja, um monumento, um quadro. Não adianta procurar um traço, um estilo igual para todos: cada um era portador de uma maneira singular de conhecer e descrever o mundo e isso também era novidade.


            Os três grandes que marcaram a transição para o século XVI foram: Michelangelo, Leonardo e Rafael, já são plenamente artistas filósofos. Daí para a frente a arte estará mais interessada na expressão do pensamento em imagens do que no objetivo do mundo. Começa a se diferenciar da ciência experimental que nascera junto com ela.


            De tudo isso entendo que houve um Renascimento, ele começou em Florença, nos primeiros anos do século XV. Não construído por um “homem do Renascimento”, mas por poucos homens que provavelmente ainda eram medievais quanto ao resto. Não foi exatamente um renascer, mas uma invenção daquilo que conhecemos hoje por arte.