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quarta-feira, 21 de maio de 2014

RELIGIÃO E CIÊNCIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

            O século XIX acreditou em filósofos e psicanalistas e o século XX que era possível instituir o paraíso terreal o que Freud e Marx tentam em vários planos é dá maioridade para os seres humanos e um paraíso.  A crença que a ciência vai resolver os nossos problemas é do século XIX. O século XX experimentou Auschwitiz, Hiroshima, Nagasaki e experimenta agora o aquecimento global. Ou seja, o século XX desacreditou da ciência e passou a supor que pela primeira vez na história que estamos como humanidade, como disse Paul Valery ao final da Primeira Guerra Mundial, agora sabemos que somos mortais.



            Agora sabemos que podemos nos suicidar como civilização e a pior dor para nós é imaginar quem sentiria a nossa falta, quem lamentaria a morte da humanidade a não ser a própria humanidade seduzida por suas obras primas. Essa crença que o século XIX colocou na ciência não compartilhamos mais. Os filósofos da morte da religião, da ciência absolutamente ateia que une Marx a Freud estão hoje abaladas com o retorno do sagrado.



            O retorno do sagrado é um movimento pendular constante, nós tivemos reavivamentos constantes na história das religiões. A religião apresenta múltiplos efeitos terapêuticos, porque a ciência não é mais uma sedução absoluta, a ciência não oferece mais respostas para tudo. A ciência não resolveu os problemas que se propôs a resolver e ainda criou uma outra fantasia que é possível um mundo natural, onde não existe mais possibilidade para isso em planeta com 7 bilhões de pessoas.



            Esse movimento pendular vai ao encontro das religiões, de tudo que seja religioso. A religião continua com o forte apelo de dá sentido a tudo. Ao se estar doente, de uma doença difícil como câncer, é preciso crer que foi determinação divina porque é a única maneira de enfrentar a dor mais absurda que a humanidade nos propõem que é a finitude da vida. A religião dá essa resposta, a ciência oferece prozac.



            Existe um momento que a razão não alcança quando se está doente de uma doença grave, procuramos a resposta na religião. Então eu diria que para o mundo contemporâneo a religião oferece mais respostas do que a ciência, mais unidade e mais consolo. É sempre muito bom acreditar que tudo tem um sentido nesse mundo. A ideia de que existe o inferno encontra mais eco nas pessoas do que o aquecimento global. Vivemos mais do que nunca o fortalecimento do sagrado.