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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O NASCIMENTO DAS ESTRELAS DE CINEMA

Mary Pinckford.
A estrela foi idealizada pelos estudos hollywoodianos porque seria a constituição de sua base econômica, no início do século XX surgiram revistas especializadas que alimentavam a mistificação. Caçadores de talento iam buscar suas presas em bastidores de teatros, numa dessas buscas encontraram a atriz Sara Bernhardt, mas a primeira grande estrela do cinema, reconhecida pela maioria dos estudiosos e críticos do assunto foi mesmo Mary Pinckford.

Gloria Swanson
Mas Theda Bara, Marin Davis, Gloria Swanson, Louise Brooks, marcaram o período de 1918 a 1928. Elas eram lindas e tinham personalidade forte. A estrela remetia a vários arquétipos: a virgem inocente, a glamorosa, a prostituta, a divina, a mulher fatal. Com Rodolfo Valentino as americanas descobriram o latin lover. No dia de sua morte 12 mulheres se suicidaram.

Rodolfo Valentino.
No início dos anos 1920 os filmes eram construídos em torno das estrelas. Fechadas em uma bolha falsamente paradisíaca levavam um vida de caprichos. No início de 1930, o aspecto psicológico da trama narrativa ganhou terreno. As estrelas se adaptaram alterando entre o excepcional e o ordinário. Ao mesmo tempo, o fenômeno de projeção de identificação ficou mais intenso. Com os anos 1940, nota-se mais elasticidade na idade das estrelas. Não era raro chegar ao estrelato com 40 anos quando se era homem. Prova disso foi Clarck Gable e Humphrey Bogart homens maduros.

Clarck Gable.

Nos anos 1950, os estúdios romperam com o sistema de escuderia de atores. A presença de Ingrid Bergman, Ginger Rogers ou Betty Davis, não era muito garantia de sucesso de um filme. Os atores passaram a ser encarregados do seu próprio destino o que os tornava mais vulneráveis. Os supostos suicídios de Judy Garland e Mary Monroe anunciaram o fim do star system. No entanto as estrelas de cinema continuam fascinando e suscitando mistério e fascínio ao longo do tempo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O MAGNETISMO DO CINEMA



            O cinema foi um dos principais meios influenciadores da estética na modernidade. O olhar, a percepção e a recepção do homem moderno sofreram modificações. A importância do cinema é tão grande que mudou as experiências estéticas e a percepção sensorial das coletividades humanas nos grandes centros urbanos, como o Rio de Janeiro no Brasil.  A partir dos anos 1930 Hollywood nos Estados Unidos da América, passou a ser líder do setor e influenciar hábitos e costumes dos públicos de seus filmes.


            O mercado de distribuição cresceu rapidamente e as salas de cinema se multiplicaram por toda parte se tornando suntuosas, edificadas segundo o código modernista e ousado do Art decó. Ir ao cinema pelo menos uma vez por semana, vestido com a melhor roupa, tornou-se uma obrigação para manter a condição de moderno e ter reconhecimento social. Se o cinema era Hollywood, Hollywood era os seus astros e estrelas, que passaram a ter a vida esmiunçada e a filmografia divulgada por revistas especializadas. Ama-los era inevitável.


            Hollywood passou a criar clichês como o jeito de sentar, de dirigir o carro, de acender o cigarro, de olhar a moça do lado, de namorar, de tratar o garçom, de comer comida fast food, as roupas que veste, tudo passou a vim da tela. Após a exibição do filme Platinum blond, nos anos 1930, as mulheres do Rio de Janeiro, passaram a pintar o cabelo e a se tornar loiras. Nunca um sistema cultural teve tanto impacto e exerceu efeito tão profundo na mudança de comportamento do que Hollywood no seu apogeu.


            O cinema se tornou a vitrine por excelência da glamourização dos novos materiais e objetos utilitários, é a forma que se traduz pela ampla demanda atendida pela invasão crescente de plásticos, blue jeans, acrílicos, napas, entre outros. Materiais todos esses que tinham a imensa vantagem de ser produzidos em massa, ser baratos, resistentes, multicoloridos, e democratizar o acesso a um acervo de bens multiutilitários. As casas passaram a ser iguais e a decoração seguia o script determinado pelo cinema, com a convenção de duas poltronas, o sofá, a TV e o abajur ao lado com o vaso de antúrios para todas as salas, assim como a garagem e o quarto das crianças.


Acredito que quando as pessoas dizem que amam o cinema, há vários sentidos na frase, pois ele é afinal de contas uma máquina de simbolização e difusão do amor, à sua maneira. Essa forma simbólica transborda para a publicidade, as historias em quadrinhos, os livros de bolso, as canções populares, as fofocas, as fórmulas pelas quais a imprensa modela as informações sobre as pessoas e sobre as suas vidas, chegando aos olhos, ouvidos, mentes e corações de todos por toda parte.