terça-feira, 24 de dezembro de 2013

UM SONHO DE LIBERDADE



            Um Sonho de Liberdade mais do que um filme é uma experiência espiritual, que cria uma expressão tão calorosa em nossos sentimentos que é capaz de nos fazer sentir membros de uma família. O filme flui lentamente seguindo o ritmo calmo e observador de seu narrador. É mais profundo do que a maioria dos filmes e traz como mensagem fundamental a continuidade de uma existência baseada em esperança e amizade.


            A cena de início do filme mostra o condenado, o banqueiro Andy, recebendo prisão perpétua pela morte da esposa e do amante. E o personagem de Morgan Friedman narrando a primeira vez que o viu. Desde a chegada de Andy no ônibus da prisão até o final do filme nos só vemos como os outros o veem. A história é construída de forma diferente nos fazendo questionar se Andy, realmente matou aquelas pessoas? Ou porque ele é tão introspecto. Não é uma história centrada num herói bravo e destemido, que seria o convencional.


            Boa parte do filme envolve muda solidão e reflexão filosófica sobre a existência. O personagem de Morgan Friedman é o condutor espiritual do filme nos o vemos em três audiências de condicional,  depois de vinte, trinta e quarenta anos. Na primeira ele tenta convencer a junta que está reabilitado, na segunda ele finge e na terceira ele rejeita, qualquer forma de liberdade e o interessante é que ao fazer isso ele deixa seu espírito livre.


            O filme foi construído para nos fazer observar a história e não para distrair a plateia. Acho que distração é o que tem de muito pouco nesse filme. Os atores gostam de desempenhar os seus papéis. A história se desenrola de forma ordenada, e o filme reflete a longa passagem das décadas. O personagem de Morgan Friedman reflete e diz: quando eles colocam você na cela, quando aquelas barras de ferro batem violentamente cerrando as portas, então você sabe que é verdade. A velha vida desaparece, nada resta a você além de todo o tempo do mundo para pensar a vida.


            Revendo o filme, eu o admirei mais do que a primeira vez. O apreço por bons filmes, cresce com a familiaridade, assim como acontece com a música. Alguns costumam dizer que a vida é uma prisão, essa prisão pode ser por motivo de escolhas ou por se está doente, sendo assim, somos Red, o personagem de Friedman e o nosso redentor é Andy. O filme é uma obra de arte que trata de uma coisa mais profunda do que ele seja capaz de admitir. 

2 comentários:

  1. Olá, amiguinha. Gostei do filme. mas só. Gosto das atuações , da fotografia, mas é o suficiente.

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    1. Exatamente Yoneide não tem como negar que se trata de um grande filme!!

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