segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

IMPRESSÕES DO CARNAVAL ANTIGO EM VÍDEOS DO YOU TUBE



            Ontem vendo na televisão, o desfile das escolas de samba carioca, vi que vivemos em tempos de alegria, plastificada, onde cada um deseja se mostrar e o ideal é ver e ser visto. Revi uns vídeos do You tube e tirei algumas impressões da festa popular. Primeiro: Qual a origem do carnaval brasileiro? A festa é descendente do entrudo português, uma festa pagã europeia que chegou ao país com os colonizadores, era realizada entre famílias amigas e pessoas conhecidas, só ganhando as ruas mais tarde. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e tinha o significado de liberdade, esse sentido permanece atualmente. A festa chegou a ser proibida e aos poucos foi incorporando elementos como confetes, serpentinas e limões de cheiro, cheios de água perfumada.


            O entrudo foi influenciado por festas carnavalescas da França e da Itália onde se usavam máscaras e fantasias. Personagens como: a colombina, o pierrô e o rei momo foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.


            No Brasil no final do século XIX começaram a aparecer os blocos carnavalescos, cordões e os famosos corsos. Em 1890 Chiquinha Gonzaga compôs a primeira marcha especialmente carnavalesca, o Abre Alas, para o bloco rosas de ouro no Rio de Janeiro. O crescimento do carnaval se deve em grande parte, as marchinhas carnavalescas, músicas como Taí na voz da cantora Carmen Miranda, se espalharam pelo país e se incorporaram a iconografia nacional.


            O corso foi a grande sensação do carnaval carioca no Rio de Janeiro no início do século XX, tratava-se de uma tentativa de reproduzir os carnavais mais sofisticados do fim do século XIX na Europa, como as batalhas de flores em Nice no sul da França. No Brasil, eram desfiles de carruagens, depois carros abertos, onde as pessoas se encontravam e lançavam entre si confetes, serpentinas e lança perfume. O corso acontecia na zona sul entre pessoas mais abastadas que possuíam carros, ou tinham dinheiro para alugar.


            Vejo que nos desfiles das escolas de samba as fantasias perdiam em cores para as de hoje, mas ganhava em samba e quem desfilava eram aqueles que moravam perto das escolas. Nos anos 1920 e 1930, de acordo com as imagens, tenho a impressão que o carnaval  tinha um toque de inocência, seja nas crianças nos bailes infantis, as fantasias dos blocos ou a picardia brasileira na letra das famosas marchinhas. E assim se brincava o carnaval, sassarindo e levando a vida num arame.
           

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