quarta-feira, 14 de agosto de 2013

DISCUTINDO A FÉ




            Esses dias li uma matéria jornalística sobre pacientes com câncer, em que uma pesquisadora com conhecimentos científicos dividiu um grupo em dois, aqueles pacientes que tinham um tipo de fé daqueles que não possuíam fé alguma. Os pacientes que tinham fé, apresentavam uma recuperação mais rápida do que aqueles que alegavam não possuir qualquer tipo de crença em elementos do plano metafísico. Pensando nisso me questionei o que é a fé?


            Na etimologia da palavra, fé significa confiança, crença e credibilidade em algo ou alguém, mesmo que não possua materialidade ou evidencia de sua existência. A experiência de cada um é intrasferível e totalmente pessoal dando origem a essa energia ou sentimento, ou como queira-se definir a fé. Segundo pesquisadores todos nós temos em nosso íntimo em estado latente o poder da fé.


            É essa energia que movimenta todos os tipos de crenças e todas as religiões do planeta, desde as eras mais remotas da humanidade. O que mantém a vivacidade dessa prática, é que muitas vezes nessa jornada, a humanidade encontra o que busca, testemunhando assim, o poder da fé. O curioso é que mesmo o ateu quando influenciado pela crença em determinada ideologia, encontra os mesmos efeitos.



            Uma das formas de fé, é a religiosa, e na nossa cultura o mais comum é a fé cristã, que aceita valores como solidariedade, fraternidade, altruísmo para se alcançar a promessa de sucesso em vários campos da vida. Entendo que Jesus através de seus ensinamentos teóricos e práticos, demonstrou integralmente a importância da fé, e o seu potencial inquestionável, sendo sustentáculo essencial ao ser humano para enfrentar, com alguma garantia de sucesso, as grandes dificuldades da vida

domingo, 11 de agosto de 2013

OS ANOS 1920: A DÉCADA DAS INVENÇÕES





Os anos 1920 me fascinam de sobremaneira por ser o período em que considero como de rompimento com os hábitos e costumes do século XIX, notadamente nos Estados Unidos da América que constrói um estilo de vida conhecido como American way of life- a sociedade americana vive uma onda de euforia com grande aquisição de automóveis, rádios e eletrodomésticos. Configura-se o estilo de vida consumista, com um clima crescente de prosperidade, embora 21% da população vivesse em condições de pobreza.


Os loucos anos 1920- era um período em que se cultivava o gosto pela moda, pela música e pelo espetáculo.  Os benefícios da sociedade de consumo, associou-se a busca do prazer e da evasão e intensificou-se a vida noturna. As novas bebidas (coktail), as novas músicas (sobretudo o jazz) e as novas danças (Charleston, walk, swing, e rumba), passaram a animar a vida noturna. Automóveis, corridas de cavalo e outros desportos (como o futebol), constituíam outros divertimentos que envolviam grandes massas.


O rápido desenvolvimento dos meios de transporte (comboio, automóvel, avião) e dos meios de comunicação (rádio, telégrafo, telefone) acelerou o cotidiano das pessoas, favorecendo uma maior mobilidade espacial e do ritmo de vida. A moda de viajar entrou nos hábitos e nos prazeres das classes médias, com o aumento do turismo: quer no interior dos próprios países, quer para países estrangeiros.


A década da novidade trouxe inúmeras inovações no mundo da moda esta se tornou funcional: o comprimento das saias e dos vestidos encurtou-se logo abaixo dos joelhos. Os maiores estilistas do decênio foram: Chanel, Madame Paquin, Jeane Lavin. No final dos anos 1920 houve a popularização do cinema, o que influenciou drasticamente a moda nas ruas. Os teatros, os cinemas, os clubes noturnos e outras salas de espetáculo tornaram-se locais habitualmente frequentados. Nascem os primeiros estúdios de Hollywood.  E as influências que chegam até os nossos dias.


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O BRILHANTISMO DE OSCAR WILDE





            Esses dias resolvi retomar meus estudos da língua inglesa e nada melhor para começar do que uma edição bilíngue do magistral Retrato de Dorian Gray. No texto Wilde registra a corrupção de um sociedade, de uma personalidade do ser humano, conjunto de elementos complexos como os formadores do universo, onde os deuses abrem as portas e somos obrigados a percorrer caminhos sinuosos para fazer as nossas escolhas que são inerentes a nossa vida.


            Não sabemos qual a linha tênue que separa uma armadilha dos deuses, ou a fraqueza de nossa própria natureza. Vivemos em uma sociedade onde as máscaras da tragédia e da comédia são um parâmetro para o vislumbre da ambiguidade em que se encontra o ser humano, pensamos que sabemos tudo, mas nas palavras do próprio Wilde só não aprendemos o que vale a pena saber.


            O livro mostra que o palco em que nos encontramos já se encontra iluminado para o maior de todos os espetáculos, a vida. O que é a arte senão aquilo que a vida tenta ser e não consegue. O que é explicitado é a verdade por traz do manto, em que no jovem Dorian Gray encontra-se em um forte veneno que mata e corrói, configurando-se este como um personagem arquétipo do mal.


            Dorian é o retrato exacerbado de um hedonista, que na verdade somos em maior ou menor escala todos nós. Ele é dual assim como nós, assim como a fina linha que separa a sanidade da loucura. Dessa forma,  podemos dizer que cada um de modo bem particular tem dentro de si o céu e o inferno e é essa a mensagem que o livro nos transmite. 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

TRÊS MULHERES FORTES: IMPRESSÕES DA LEITURA





Ao ler o livro três mulheres fortes da francesa Marie Nadaiye o que se sente é um sensação de desconforto que só os grandes livros trazem. O livro ganhou importância a ponto da autora ganhar o mais importante premio da literatura francesa.


De inicio o que chama atenção é a escrita bem elaborada de Marie que nos conduz cinematograficamente para dentro da história e essa é uma característica dos grandes escritores. O livro narra três histórias que se cruzam, mas que conseguem se manter sozinhas.


A primeira é a de Norah, que chega de viagem para algum lugar distante para visitar o seu pai. O encontro proporciona uma sensação de desconforto e estranhamento  o que é a base da relação de ambos. A descrição do local e da fragilidade das relações é tão intensa que demostra o silencio e a magoa entre ambos. A pergunta que ela se faz é por que estou depois de tanto tempo.


A segunda história começa de uma forma diferente trata-se de Rudy Descas um homem que é ressentido com a mulher e que tem dificuldades de enfrentar os seus maiores medos. Ele é uma figura insegura, medíocre e covarde, mas mesmo assim parece ainda amar a esposa apesar de não entender o que ela faz por ele.


A terceira história Kandy Demba que acabou de perder o marido e será despejada da casa de sua família. O questionamento é saber que o marido era um bom homem mas agora como seguir em frente numa situação sem esperança.


Apesar dos sofrimentos dos personagens, e das situações terríveis em que vivem a autora mantem um certo distanciamento deles e parece só assistir tudo de longe. O que impressiona é o nível de humanidade dos personagens, com seus defeitos e mesquinharias, com uma mistura de tudo isso, tão próximo de todos nós. Dai se tratar de um grande livro.