terça-feira, 13 de novembro de 2012

SOBRE A QUALIDADE DOS NOSSOS PENSAMENTOS




            Pensar é o ato que nos torna humanos, por vivermos em sociedade, somos influenciados por uma série de fatores, Edgard Morin filósofo francês vê o homem como um ser formado por aspectos biológicos, culturais, psíquicos, sociológicos e espirituais. Assim, os nossos pensamentos são influenciados por essa multiplicidade de elementos.



            Os estudiosos da saúde, principalmente das terapias alternativas, aquelas que estão  fora da medicina ocidental tradicional, acreditam que a qualidade dos nossos pensamentos, ou seja, o grau de positividade com que encaramos o cotidiano contribui para o nosso bem está físico e mental. O contrário seria prejudicial a nossa saúde.


            Aristóteles entendia que nossos hábitos são criados a partir de nossas iniciativas em ter novas atitudes. Daí decorre os nossos pensamentos, a partir do momento em que tomarmos a iniciativa de pensar de forma positiva, isso se tornará um hábito. Os nossos sentimentos, e o que pensamos, são o norte para o bem e o mal viver. Cultivar bons pensamentos é a chave para o nível de qualidade que queremos ter para a nossa vida, para o nosso dia, para compartilhar com as pessoas que dividem a vida conosco.


Acredito que cabe a cada um de nós despertar e desenvolver a capacidade natural para controlar a natureza dos nossos pensamentos e sentimentos, para não permitir que estados negativos, muitas vezes centrados em âncoras imaginárias possam desequilibrar a nossa vida. A chave para uma vida tranquila e consequentemente mais feliz é o olhar que temos dos fatos do nosso dia a dia. 

domingo, 11 de novembro de 2012

SABER PERDOAR




            O que é a ofensa, se não o ato de agressão do outro em relação a nós, agressões das mais diversas naturezas, capazes de gravar no nosso psiquismo lembranças que dificilmente podem ser esquecidas. Perdoar independe de esquecer, até porque somos seres dotados de inteligência, e dentro dos parâmetros de normalidade mantemos em nossa memória os fatos da nossa vida.


            A diferença fundamental é que aquele que perdoa consegue se livrar dos ressentimentos, que seria a forma de você sentir novamente a dor da ofensa. Quem perdoa se torna livre, sem a necessidade de ficar preso a nenhum sentimento de natureza negativa.


            Acredito também que perdoar independe do consentimento ou da aceitação do outro, é um ato de adesão voluntária, é um ato de amor que simplesmente se sente. Mas, existe um tipo de perdão que eu considero extremamente importante, aquele que você concede a si próprio, se perdoando pelos erros cometidos, e procurando seguir o caminho da vida da forma mais justa possível, pautada em valores universais como: o amor, a solidariedade, a tolerância, a compreensão, a caridade.


Uma vez ouvi uma historia de que uma mãe que procurou Gandhi para pedir a ele que dissesse ao seu filho que parasse de comer açúcar e ele falou que ela poderia voltar com um mês, após esse período a mãe voltou e ele disse para a criança que parasse de comer açúcar e explicou que não tinha  feito antes porque ele mesmo ainda comia, ou seja, não devemos cobrar do outro aquilo que não fazemos nem possuímos. A mudança que queremos para o nosso mundo necessariamente começa por nós.

            Acredito que quando o ser humano entender que  perdoar é conquistar o enobrecimento, o homem será forte pelo amor e compreensão que seja capaz de distribuir, na vida é preciso se livrar de magoas e ressentimentos para poder seguir o caminho da auto evolução.



domingo, 4 de novembro de 2012

A HORA DE DESACELERAR



            Tenho a impressão que vivemos o tempo todo em ritmo frenético, conheço pessoas que trabalham doze horas por dia e se consideram bem sucedidas, porque acreditam ser necessário viver desse jeito em sua grande maioria para manter o alto custo de consumo que tem as suas vidas, isso é o homem contemporâneo.


            O filósofo Nietsche dizia que aquele que não tem dois terços do dia só para si é escravo, não importando o que seja: estadista, comerciante, funcionário ou erudito. Vivemos um processo de histeria coletiva pelo correr das horas, onde as pessoas dizem que as 24 horas do dia não são suficientes para a resolução dos seus afazeres.


            O trabalho invadiu de uma forma desordenada a vida pessoal, a ânsia das pessoas para viverem de acordo com os padrões da contemporaneidade em especial os padrões de consumo, torna o ter coisas, mais importante do que ser alguém que valoriza momentos simples como o olhar nos olhos de quem fala, valorizar o por do sol, ou está ao lado de alguém que precisa de ajuda.


Comungo do pensamento de Aristóteles que acredita que a meta é a busca do equilíbrio, sem excessos de atividades que levariam a desgastes, nem excessos de descanso que pode chegar a estagnação. Para mim aproveitar bem o tempo é se conhecer cada vez mais, e buscar a paz interior. Por fim tenho um questionamento que ecoa em minha cabeça: para que correr tanto se a vida é um bem tão raro?
            

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SOBRE NATUREZA




            Ontem vi um documentário no canal a cabo Nat Geo Wild sobre vida marinha e isso me gerou várias indagações. O que me chamou atenção eram iguanas marinhas, répteis que tinham origem no início do processo evolutivo do planeta terra. Afora qualquer teoria ou comprovação de natureza científica, uma coisa é certa, existe uma força energética de outra dimensão que coordena a natureza para que tudo seja tão perfeito.


            Não desacredito que assim como nosso corpo, nosso cérebro é resultado de uma longa evolução. Mas a flora, a fauna, as estações do ano, as manifestações físicas como o vento a harmonia que tudo possui é resultado de uma força inteligente. Nesse documentário fica claro que cada ser vivo tem um propósito e se adapta ao local em que vive, produzindo uma grande cadeia.


            Fico pensando que existem coisas que o homem, com toda sua engenhosidade não conseguiu criar como a água, a harmonia do universo, ou os astros. O poder que governa os astros, a força da criação de animais e plantas, dá provas da existência desse princípio inteligente que coordena o universo.


            Nada no planeta terra encontra-se dissociado, tudo está interligado, uma ação em uma parte do planeta repercute nas demais. Noite e dia, tarde e manhã, em todas as estações, mostra o movimento grandioso da vida, e é através da vida que o ser pensante se liga a natureza.


            Para mim o que ficou dessa reflexão foi que todos os seres que habitam o planeta terra, homens, animais, plantas, encontram-se sobre uma única base, sujeitos a um único sistema, dividindo o mesmo ar e o mesmo solo. E essa vida universal nada mais é do que uma permuta constante de matéria e energia coordenadas por uma força inteligente que a humanidade chama de Deus.