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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

QUANDO LI Paris é uma Festa DE ERNEST HEMINGWAY



            Esse livro é de uma beleza sem igual, primeiro porque é o relato da Cidade de Paris em todo o seu esplendor, depois porque é situada nos anos 1920 período do desabrochar das mudanças e transformações do mundo moderno, além do inegável caráter autobiográfico, do escrito americano Ernest Hemingway. Na época Hem como era chamado pelos mais íntimos buscava em Paris um ambiente favorável aos intelectuais e artistas. Acompanhado de sua esposa Hadley, já escrevia e procurava se adaptar a um ambiente intelectualizado. O livro foi publicado postumamente e isso o torna ainda mais especial.


            Paris se torna quase palpável aos nossos olhos após a leitura da obra, ele traça os caminhos por onde andou, as ruas que caminhava, os cafés que frequentava e os amigos com quem convivia. É o charme da vida boemia em que Hemingway era capaz de deixar de comer, mas não de tomar um vinho. Quando sentava num café, poderia deixar render toda manhã só para poder observar a irresistível Paris dos anos 1920 e escrever o que quisesse sem normas ou qualquer regra.


            A leitura é cativante, trata-se de uma espécie de diário descontínuo, os cafés que ele convivia era frequentado por grandes nomes da arte do período como: Scott Fitzgerald e Gertrude Stein, pessoas que Hemingway revela detalhes indiscretos de suas vidas. O bom do livro é mostrar o homem por traz do escritor, aquele que frequentava cafés em meio a amigos, vinhos e caderninhos de nota de capa azul para anotar as ideias que fervilhavam.


             A leitura de Paris é uma Festa pode ser uma porta de entrada para outros textos do Hemingway, além de ser uma fotografia minuciosa da Paris dos anos 1920. Uma coisa é certa, conhecer Paris todos nós podemos, mas uma cidade em que conviviam as maiores cabeças da arte do século XX e ainda nos dá a sensação de fazer parte dessa turma só Hemingway é capaz. Digo sem exagero minha vida ficou mais bonita após viajar com ele de mãos dadas por esse período. Se você quando jovem teve a sorte de viver em Paris, então a lembrança o acompanhará pelo resto da vida, onde quer que você esteja, porque Paris é uma festa ambulante.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

AS CIDADES INVISÍVEIS DE ÍTALO CALVINO





            Esse texto do Ítalo Calvino se tornou inesquecível para mim porque fiz uma citação dele na minha dissertação de mestrado e o meu orientador me pediu para retirar e eu não o fiz. Calvino era minha identidade maior com a temática da cidade como um todo, que eu tratava no trabalho de dissertação. O seu texto é tão impactante que provoca transformações após a leitura, muda-se o olhar que se tem diante das cidades. 


Moro a mais de dez anos na mesma cidade, e durante esse período venho acompanhando seu crescimento e suas mudanças, e mais do que nunca vejo a tese suscitada pelo livro como atual, afinal existem múltiplas cidades dentro de uma só, variando de acordo com os grupos sociais. Quando eu morava no trecho leste a cidade tinha uma cara, cheiros e sabores, mais regionais e aparência menos urbanizada, quando me mudei para o oeste encontrei uma outra cidade, mais próspera, mais urbaniza, mas no entanto, mais quente.


            Essas reflexões trazidas pela obra, nos coloca diante de uma das mais agradáveis produções do século XX, onde o autor lhe dá as diretrizes para que você possa fazer as coisas do seu jeito. É um texto construído de forma a dá passagem a muitos outros espaços, ele mostra que uma cidade espelha-se na outra, gera outra, depende da outra num processo de apagamento de autoria única. Logo que iniciamos a leitura, temos aflorado uma ideia de espanto, não só pelos seus mistérios e segredos, mas pela indeterminação de imagens fugidias que tem as cidades.



            As cidades apresentadas são sempre afirmadas num não lugar, o que impossibilita de serem cartografadas e isso reafirma a potência virtual do texto. O interessante é a capacidade geométrica de articulação de Calvino, que divide a obra em onze blocos, cada bloco apresentando cinco cidades, chegando a um total de cinquenta e cinco. Essas cidades são deslocadas dentro da obra, e a leitura pode começar por qualquer uma, são textos curtos e independentes. O leitor tem ainda a opção de ler apenas o diálogo entre Marco Polo e o Grande Khan, ignorando o relato das cidades. Mesmo avulsas a histórias estabelecem entre si um fio condutor que é o de que não há cidade que não seja sujeita a mudanças.


            O mais curioso é que essas cidades imaginárias sempre têm nome de mulher através de caminhos que se abrem e se bifurcam e nunca se apresentam os mesmos, são elas: Diomira, Isidora, Dorotéia, Zaíra, Izaura, Marília, Zenóbia e tantas outras e escapam do controle humano, racional que oferecem surpresas constantes a todos os sentidos. Suas ruas e vielas nunca podem ser fixadas no papel, sendo comparadas por Marco Pólo aos caminhos das andorinhas que cortam o ar acima dos telhados, perfazem parábolas invisíveis com as asas rígidas, desviam-se para engolir um mosquito, voltam a subir em espiral rente a pináculo, sobranceiam todos os pontos da cidade de cada ponto de suas trilhas aéreas.


            A percepção que Ítalo Calvino desperta através do simbólico e da descrição de Marco Polo, que adentra o império de Kublai Khan traz a ideia de que é preciso superar as aparências e mostrar que as múltiplas cidades são somente uma. Eu particularmente, acredito que As Cidade Invisíveis são construções a partir de nossa memória, que é pilar e edificação de cada cidade. Uma coisa tenho por certo cada cidade só alcança significado, só toma forma a partir daquilo que atribuímos a ela, através de nossas lembranças, vínculos e identificações. 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

QUANDO LI TRAVESSURAS DA MENINA MÁ



            Acho que leitura boa é aquela que você faz de um fôlego só, quando li Travessuras da Menina do Peruano Mario Vargas Llosa fiz em dois dias, a obra, é daqueles tipos de livros que casam com o nosso humor e nossa vontade de sumir do mundo e de tudo a nossa volta, foi essa impressão que  tive da leitura. Ricardo Somucurcio, é um peruano que tem como único sonho e ambição na vida morar em Paris, o que dá uma aura de magnitude ainda maior a Cidade.


            Ele é um rapaz simples, e modesto que na infância se apaixona por uma garota chilena, muito difícil de ser conquista Lily, são várias as tentativas de conquista, todas em vão, mas esse encontro muda a vida completamente. Essa paixão persiste por toda a vida de Ricardo e o melhor da estória é a contextualização histórica dos vários encontros que ambos têm durante a vida.


            Eles se encontram em diversas fases e facetas, na Paris bela e revolucionária, na Londres dos Skins Heads e do “paz e amor” dos hippies, na Tóquio das máfias e dos prazeres extravagantes, e na Madri dos anos 1980. Nesses encontros e partidas, conquistas e derrotas, sempre a mesma pergunta é feita pela malvada Lily: ainda me ama Ricardito?


            Ela ambiciosa, gosta de luxo e riqueza, vida impossível de ser dada pelo trabalho de modesto tradutor de Ricardito. Ela sempre quis conquistar o mundo, ele apenas ela. Nesses encontros e desencontros que se cruzam ela se mostra diferente e mesmo assim ele é capaz de ama-la. A montagem da obra é genial, e mostra como que o amor pode ser uma droga, e me deixou uma pergunta que está longe de ser respondida por mim, e acho que por qualquer pessoa: qual a verdadeira face do amor? 

sábado, 26 de outubro de 2013

OS CELÉBRES PRATOS DA CULINÁRIA FRANCESA





Além de bela arquitetura e paisagem a França também  é conhecida pela comida típica, que mistura queijos, vinhos e temperos. Com grande variedade de pratos de acordo com as regiões. Experimentar uma comida francesa é considerado pelos críticos como um refinamento das habilidades na cozinha. A gastronomia francesa é tão importante que entrou para o patrimônio imaterial da humanidade reconhecida pela Unesco.


A clássica cozinha francesa inclui pratos baseados em molhos, levam queijo na maior parte das receitas. Dentre os alimentos vegetais usam-se alho-poró, berinjela, batata, cebola e abobrinha. O povo consome muita carne as mais comuns são: coelho, porco, carneiro, galinha, sapo, cordeiro, peru e pombo. Os vinhos são consumidos como água e uma refeição sem eles, é uma refeição incompleta.


Os principais pratos da culinária francesa considerados pela tradição e pela crítica gastronômica são:


Escargot- prato de caracóis cozidos e servidos como aperitivos.


Foi gras- fígado de ganso especialmente engordados para esse fim, seu sabor é descrito como rico, amanteigado e delicado. É servido como mousse e também como acompanhante de carnes.


Quiche lorraine- dourada no forno e servida quente na companhia de uma salada. O seu sucesso se deve as possibilidades de variações pode ser acompanhada com queijos, legumes e pestos. Vai bem com vinhos brancos.


Sopa de cebolas- prato parisiense por excelência, acredita-se que nasceu em Lyon, no sudeste do país. Sua versão gratinada é parisiense, na Cidade é servida em cardápios de bistrôs populares a refinados restaurantes.


Coq au vin- é um prato feito a base da carne de galo e vinho. O tipo de vinho varia de região para região, pode ser tinto, branco ou até champanhe.




Pães e queijos- os pães franceses são feitos de forma artesanal com miolo fino e macio, tendo como ícone a baguete. Os queijos mais famosos são: o camembert da Normandia, queijo de cabra, roquefort, brie de meaux, beaufort e salers.


Crepe suzette- Exuberante sobremesa com aroma de aristocracia feita de crêpes, manteiga, torrões de açúcar, suco de laranja e muito alcool.


Crème brullé- leite queimado em francês é feita com leite, ovos, açucar e baunilha. Com uma crosta de açucar queimado por um maçarico a uma bebida alcoolica que se deita sobre o creme.


Macaron- é um pequena bolo de aproximadamente 5 centímetros de diâmetro, são coloridos macios por fora e crocantes por dentro. Preparados com farinha de amêndoa e recheados com os mais diversos sabores.