quarta-feira, 31 de julho de 2013

TRÊS MULHERES FORTES: IMPRESSÕES DA LEITURA





Ao ler o livro três mulheres fortes da francesa Marie Nadaiye o que se sente é um sensação de desconforto que só os grandes livros trazem. O livro ganhou importância a ponto da autora ganhar o mais importante premio da literatura francesa.


De inicio o que chama atenção é a escrita bem elaborada de Marie que nos conduz cinematograficamente para dentro da história e essa é uma característica dos grandes escritores. O livro narra três histórias que se cruzam, mas que conseguem se manter sozinhas.


A primeira é a de Norah, que chega de viagem para algum lugar distante para visitar o seu pai. O encontro proporciona uma sensação de desconforto e estranhamento  o que é a base da relação de ambos. A descrição do local e da fragilidade das relações é tão intensa que demostra o silencio e a magoa entre ambos. A pergunta que ela se faz é por que estou depois de tanto tempo.


A segunda história começa de uma forma diferente trata-se de Rudy Descas um homem que é ressentido com a mulher e que tem dificuldades de enfrentar os seus maiores medos. Ele é uma figura insegura, medíocre e covarde, mas mesmo assim parece ainda amar a esposa apesar de não entender o que ela faz por ele.


A terceira história Kandy Demba que acabou de perder o marido e será despejada da casa de sua família. O questionamento é saber que o marido era um bom homem mas agora como seguir em frente numa situação sem esperança.


Apesar dos sofrimentos dos personagens, e das situações terríveis em que vivem a autora mantem um certo distanciamento deles e parece só assistir tudo de longe. O que impressiona é o nível de humanidade dos personagens, com seus defeitos e mesquinharias, com uma mistura de tudo isso, tão próximo de todos nós. Dai se tratar de um grande livro. 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

EXISTE A PESSOA IDEAL?





Hoje lembrei-me de uma tia que passou a vida inteira escolhendo uma pessoa com quem pudesse viver um amor. Colocava defeitos das mais diversas naturezas que iam da cor da roupa que a pessoa usava ao corte de cabelo, resultado: continua sozinha só que agora desistiu de procurar alguém e vive a vida só. Assim, fico pensando porque pessoas que são bem sucedidas no trabalho, são felizes consigo mesmas tem uma vida amorosa fracassada?

De antemão asseguro que não acredito que exista o par perfeito, existem pessoas que têm mais predisposição para darem certo, como por exemplo, pares exploradores com os seus iguais assim como construtores com os seus. A relação é mais fácil entre pares semelhantes.


Acredito que idealizações excessivas podem fazer mal a quem não encontrou o seu par. O preciosismo dessas resistências pré-concebidas atrapalham a relação e chegam a ser bizarras como as idealizações que eram feitas pela minha tia. A receita para o sucesso é que não há necessidade de cobrir a nossa lista de carências ou exigências. O importante mesmo é se questionar com o que eu tenho que oferecer ao meu parceiro.


Um coisa é certa amar é sempre uma escolha e os pares não precisam ser iguais em termos de responsabilidade, temperamento, personalidade e ritmo. O mais importante é que tenham objetivos em comum, olhem para a mesma direção. E o que é o sucesso do amor? O sucesso do amor é quando ele proporciona uma maneira cotidiana de aprender sobre si mesma, ou seja, é você continuar mantendo a sua individualidade e personalidade. Já que aprender a amar faz parte do caminho do nosso aprendizado aqui na terra.